O prognóstico de insucesso da licitação de novo trecho rodoviário – BR-050, entre Goiás e Minas Gerais – não se confirmou. O leilão realizado na manhã desta quarta-feira (18/09), na Bolsa de Valores de São Paulo, disputado por oito empresas concorrentes, vencido pelo Consórcio Planalto, com a proposta de cobrança pedágio equivalente a R$ 0,04534 por quilômetro rodado, ou 42,38% a menos do que o teto estabelecido pelo governo.
O consórcio vencedor é formado pelas empresas Senpar, Estrutural, Kamilos, Ellenco, Bandeirantes, Greca, Maqterra, TCL e Vale do Rio Novo. Em segundo lugar, classificou-se a Triunfo, cuja proposta apresentou deságio de 36,98%, seguida pelos consórcios EcoRodovias (com deságio de 35,64%), da Fidens (35,54%), Queiroz Galvão (34,57%), Invepar/Odebrecht (23,78%), CCR (13,59%) e Arteris (5,09%).
O trecho da BR-050 no leilão vai de Cristalina, em Goiás, a Delta, em Minas Gerais, passando pela região do Triângulo Mineiro, e tem extensão de 436,6 km. Ao longo dos 30 anos de concessão serão realizados investimentos estimados pelo governo em R$ 3 bilhões.
Esta é a primeira rodada de leilões de rodovias do megapacote de concessões do governo Dilma Rousseff.
Ao todo, serão nove rodovias leiloadas no pacote de concessões do Programa de Investimentos em Logística (PIL), que ainda prevê a realização de novos leilões de mais oito rodovias, dois aeroportos, ao menos 12 ferrovias e vários terminais portuários.
Ao todo, as estradas receberão R$ 42 bilhões, nas contas do governo, em investimentos liderados pela iniciativa privada. Desse montante, R$ 23,5 bilhões são planejados para os primeiros cinco anos dos contratos.
Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o resultado do leilão comprova que o empreendimento é lucrativo. “As rodovias 060, 050 e 040 e 163 são todas atrativas”, afirmou.
(Com as agências)