Cooperativa do Acre é exemplo de economia sustentável

A Cooperacre foi criada gestão de Jorge Viana como governador do Acre, com o apoio do governo federal, inspirada no conceito de reserva extrativista.

 

A Cooperativa Central de Comercialização de Produtos da Floresta do Acre (Cooperacre) é um clássico exemplo de economia verde e manejo de produtos da floresta que deu certo e hoje faz diferença no mercado. O senador Jorge Viana (PT-AC) é um dos grandes incentivadores do empreendimento, criado por trabalhadores acreanos para agregar valor e renda à extração da castanha, produto típico da região. Durante os feriados da Páscoa, ele visitou a sede da organização para ouvir as reivindicações de seus integrantes.

A Cooperacre foi criada gestão de Jorge Viana como governador do Acre, com o apoio do governo federal. Inspirada no conceito de reserva extrativista defendido pelo ambientalista e seringueiro Chico Mendes — que assegura a exploração dos recursos da floresta sem agredir o ecossistema — a cooperativa tem sido essencial para transformar em realidade o sonho dos trabalhadores castanheiros, que é beneficiar sua produção sem depender das grandes empresas que, anteriormente, compravam a matéria prima a baixo custo, revendendo-a com grande lucro.

O senador definiu sua visita à Cooperacre como a reafirmação de seu pacto de compromisso e de confiança na cooperativa. “Conheço a luta de cada uma das pessoas aqui, desde o começo. Sei o quanto eles cresceram e não só pelo apoio do governo, mas pela determinação em tornar viável a economia florestal de alta inclusão social”, afirmou Jorge Viana.

“O apoio do ex-governador, hoje senador Jorge Viana, foi fundamental para o nosso sucesso. Ele acreditou no nosso projeto. Nós tínhamos uma meta, um objetivo e precisávamos de apoio. Esse apoio chegou através dos investimentos do governo federal e do governo do Acre. Hoje somos uma empresa coletiva de sucesso”, com três usinas de beneficiamento de castanha, diz cooperado Manoel José da Silva, o Manoel da Gameleira.

O superintendente Manoel Monteiro Lembra que em 2001, quando a cooperativa foi em busca do apoio do governo do Acre, os pequenos produtores vendiam a lata da castanha (12 kg) a atravessadores por R$ 2,50. Hoje a mesma quantidade do produto é vendida a R$ 26.  “Começamos comprando apenas 3% da castanha produzida no Acre. Hoje já compramos 80%. Tínhamos um empregado com carteira assinada, hoje são 243. Antes vendíamos a castanha in natura, hoje industrializamos toda a produção e vendemos para todos os Estados brasileiros”, destaca Monteiro.

A Cooperacre tem entre seus clientes empresas de grande porte, como a Nestlé e Nutrimental.  Além disso, vem diversificando as atividades e já trabalha com polpa de frutos – abastece o mercado de Rio Branco, inclusive escolas públicas, através do programa de merenda escolar — e borracha. O faturamento da cooperativa, em 2011, foi de R$ 30 milhões. É um dos empreendimentos que mais cresce no Acre e com um diferencial: beneficia de forma direta e indireta mais de duas mil famílias extrativistas de 14 municípios acreanos. Em 2012, as atividades da Cooperacre chegarão ao vale do Juruá, no Noroeste do Estado, comprando polpa de frutas, principalmente açaí e graviola.

Com informações o site do PT do Acre

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