Movimentos populares que atuam pelo direito à moradia aumentaram o nível de alerta em relação ao governo Michel Temer (MDB), nos últimos dias. Em reunião ocorrida na última semana (9), no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), em Brasília (DF), lideranças foram informados que, no orçamento de 2019, não haverá verba para contratar a construção de 29.500 unidades habitacionais do programa “Minha Casa, Minha Vida – Entidades”.
A política nacional da habitação está paralisada desde o golpe de 2016. A insatisfação dos movimentos se insere no contexto de acirramento da disputa orçamentária no Executivo, resultante do atual ajuste fiscal promovido por Temer.
De acordo com Evaniza Rodrigues, da União Nacional por Moradia Popular, o Executivo informou aos militantes que a ideia inicial do MPOG é liberar R$ 6,2 bilhões em verbas para todas as áreas do Ministério das Cidades, que incluem habitação, saneamento e mobilidade urbana. “É um efeito concreto da PEC dos Tetos de Gastos e esse cenário vai se reproduzir em todas as áreas. Isso só reitera a falta de qualquer compromisso desse governo com a população mais pobre”, critica a militante.