CPI Cachoeira: senador José Pimentel defende o trabalho do relator

O senador José Pimentel ressaltou que as perguntas de Odair Cunha foram feitas a partir do inquérito da Polícia Federal.

Duramente atacado pela oposição, que reclamou da condução dos trabalhos pela relatoria da CPMI do Cachoeira, o deputado Odair Cunha (PT-MG) foi defendido pelo líder do Governo no Congresso Nacional, José Pimentel.

Para a oposição, o relator não estava agindo como magistrado, porque teria questionado o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia, Wladimir Garcez, apenas sobre as suas relações com parlamentares tucanos.

O que não foi verdade, Cunha indagou o depoente também sobre sua participação e interesse no governo do Distrito Federal, administrado por Agnelo Queiroz (PT), uma vez que, segundo a Polícia Federal, Garcez seria o principal articulador do esquema Cachoeira junto às esferas públicas. “Quero registrar aqui que cada um dos depoentes teve uma área de abrangência e as que as perguntas foram feitas a partir do inquérito da Polícia Federal. Ora, se a área de atuação do depoente era Goiânia, é natural que o relator peça a ele que fale sobre isso”, rebateu José Pimentel.

Anteriormente, Odair Cunha questionado o depoente sobre sua participação como intermediário nas relações entre o esquema de Cachoeira e os governos do estado de Goiás, administrado pelo tucano Marconi Perillo (PSDB).

Embora Garcez tenha se recusado a falar, o relator insistiu nas perguntas. Em uma questão de ordem, os integrantes da comissão decidiram que, caso um depoente invocasse o direito de permanecer calado, somente o relator faria perguntas, mesmo sem obter respostas.

Giselle Chassot

Leia mais:

Relator desmonta alegações de inocência de comparsa de Cachoeira

To top