CPMI da Violência contra a Mulher faz audiência pública na Alerj

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional que investiga a violência contra a mulher realiza amanhã, quarta-feira (07/11), audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), às 9h. Depois da audiência, também na Alerj, as integrantes da CPMI concedem entrevista coletiva, às 13h, sobre as diligências no Rio de Janeiro. Compõe o grupo, a presidente, deputada federal Jô Moraes, (PCdoB-MG), a relatora senadora Ana Rita (PT-ES), e a vice-presidente deputada Keiko Ota (PSB-SP).

Em funcionamento no Congresso Nacional desde fevereiro, a CPMI tem como objetivo investigar a situação da violência contra a mulher no Brasil e apurar denúncias de omissão do poder público.

Nos dias 5 e 6 de novembro as parlamentares fizeram diligências em órgãos de atendimento à mulher em situação de violência como a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), o Centro Integrado de Atendimento à Mulher (Ciam), o 1º Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar e o Núcleo de Defesa da Mulher Vítima de Violência (Nudem) da Defensoria Pública. Estiveram com o vice-governador, Luiz Fernando de Souza Pezão, e visitaram outras instalações como a Casa Abrigo do Estado e o 3º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher.

Violência em números no Rio de Janeiro
Rio de Janeiro, a capital, possui taxa de homicídios de 5,2 assassinatos para grupo de 100 mil mulheres. Número acima da média nacional, que é 4,4. A cidade ocupa a 19ª colocação entre as capitais. Porto Velho, Rio Branco, Manaus estão nos primeiros lugares, com índices acima dos 10 homicídios em 100 mil habitantes. Os dados são do Mapa da Violência 2012, elaborado pelo Instituto Sangari/Ministério da Justiça.

Já o Estado do Rio de Janeiro ocupa o 25º lugar entre os estados do País em assassinatos de mulheres, com taxa de homicídios de 3,2 assassinatos para grupo de 100 mil mulheres, abaixo da média nacional de 4,4. O primeiro colocado é o estado do Espírito Santo (9,4) e o segundo Alagoas (8,3). O Paraná aparece na terceira colocação (6,3). O relatório completo do Mapa da Violência atualizado em 2012 pode ser acessado no site www.mapadaviolencia.org.br.

Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que a violência doméstica é a principal causa de lesões em mulheres de 15 a 44 anos no mundo.

Em seu plano de trabalho a comissão prevê visitas aos Estados mais violentos do Brasil para as mulheres, além dos quatro mais populosos do país. A CPMI já esteve no Distrito Federal e em 11 estados: Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Alagoas, Paraná, São Paulo, Bahia, Paraíba e Goiás.

Assessoria de Imprensa da senadora Ana Rita

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