As intervenções militares |
A solução para a crise na Síria deve passar por uma “ampla, transparente e não discriminatória negociação multilateral”, que afaste a possibilidade de intervenção militar no país já tão ferido pela guerra civil, avalia o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), autor de um requerimento aprovado nesta quinta-feira (05), pela Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado em apoio à posição do governo brasileiro de rejeitar uma intervenção naquele país sem o aval do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O requerimento foi subscrito pela maioria dos senadores integrantes da CRE. O texto rejeita o ataque à Síria, que vem sendo defendido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O senador, que presidiu a reunião da CRE nesta quinta-feira, afirma que, para convencer o governo de Bashar al-Assad a interromper o uso de armas químicas contra os rebeldes e a população civil de seu próprio país, tanto os EUA quanto outros países devem usar formas de pressão pacífica, opinião expressa em carta enviada que enviou a Barack Obama nesta semana.
Eduardo Suplicy ressalta que o sistema de segurança multilateral do Conselho de Segurança da ONU “é o único mecanismo que permite a realização de intervenções legítimas no território de países-membros da ONU [como é o caso da Síria]”. Também argumenta que as intervenções militares unilaterais “tendem a agravar conflitos preexistentes e, o que é mais grave, a aumentar o número de vítimas”.
A questão geopolítica também foi abordada pelo senador. Ele observou que a Síria é um país estratégico no Oriente Médio e que uma intervenção militar pode ter consequências imprevisíveis e muito negativas “para aquela sensível região do planeta”.
Com informações da Agência Senado
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