Entre 2002 e 2011, a renda das mulheres brasileiras cresceu 50% mais que a renda dos homens.
É o que mostra o levantamento realizado pelo instituto Data Popular, publicado esta semana pelo jornal O Globo.
“É o retrato da nova sociedade brasileira”, afirma a senadora Ângela Portela (PT-RR), que analisou os dados da pesquisa em discurso no Plenário do Senado, na última quarta-feira (14) De 2006 a 2011, a renda feminina cresceu mais de 30%, contra 22% da renda masculina. O avanço foi ainda maior na classe C, onde a renda das mulheres cresceu 50% contra 38% na renda dos homens.
A classe C concentra 35 milhões de mulheres no país. Para Ângela Portela, o crescimento da classe média se deve, em boa parte, à contribuição das mulheres. Aumentos sucessivos do salário mínimo, programas sociais, maior inserção no mercado de trabalho e, principalmente, a educação são os motivos apontados pela pesquisa pela melhor condição conquistada pelas mulheres.
A senadora destacou que, hoje, 60% das matrículas em curso superior são de mulheres. “Hoje, em todas as classes sociais, a escolaridade da mulher é maior que a do homem, contribuindo para o crescimento da renda”, destacou a senadora. Ela considera que a pesquisa demonstra o avanço na equiparação de direitos e oportunidades para mulheres e homens.
“As desigualdades estão sendo reduzidas e isso se deve à política acertada do governo federal”.