Bolsonaro condena 33 milhões de brasileiros e brasileiros à fome e à insegurança alimentar. Somado a esse cenário com a alta dos preços dos alimentos, de combustíveis e do gás de cozinha, o número de vítimas queimadas por trocarem o gás por lenha aumentou em 43% no período de um ano.
No Rio de Janeiro, o Hospital Estadual Alberto Torres, referência no tratamento de queimaduras, o número de internações subiu 43% em 2022, em comparação com o mesmo período de 2021. Conforme os médicos, o aumento da pobreza é uma das explicações para esses acidentes.
O preço do gás de cozinha subiu 29,39% nos últimos 12 meses, bem acima da inflação no período (11,73%). O preço médio do botijão no país está em R$ 112, quase 10% do salário mínimo.
O gás de cozinha deve ser um elemento da cesta básica. O povo pobre não pode pagar R$ 150 num botijão. E quando não pode pagar, também não pode cozinhar com querosene e lenha. Esse país tem muita riqueza e não precisa disso.
— Lula (@LulaOficial) June 16, 2022
24 milhões de toneladas de lenha
O uso de lenha na casa das famílias brasileiras foi maior do que o uso de gás de cozinha em 2021, quando 24 milhões de toneladas de lenha foram utilizadas como fonte de energia pelo povo brasileiro. A perda do poder de compra dos brasileiros está entre as justificativas pela troca da matéria-prima.
Conforme dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), compilados pelo Poder360 em 2021, o uso de lenha representou 26% da matriz energética residencial. O GLP (gás liquefeito de petróleo) ou “gás de cozinha” representou 23% do total.