A indústria voltou a contratar com mais força e pagou um número maior de horas trabalhadas em outubro, de acordo com pesquisa divulgada nesta terça-feira (11/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado praticamente eliminou as perdas verificadas no total do pessoal ocupado entre os meses de agosto e setembro e confirma a melhora no ritmo da produção industrial nos cinco últimos meses, período cujo avanço foi de 2,3%. Segundo o IBGE, entre junho e outubro, o emprego industrial cresceu 0,1% e o número de horas pagas teve acréscimo de 0,5%, reforçando o maior dinamismo da indústria por conta das medidas de incentivo para a reativação da economia adotadas pelo governo Dilma a partir de junho.
O valor da folha de pagamento real cresceu 3% em outubro, sendo o trigésimo quarto resultado positivo consecutivo, com o acumulado nos dez meses deste ano de 3,2%. As atividades que mais contribuíram para a melhora do valor da folha de pagamento real foram dos setores meios de transporte, 19%; indústrias extrativas, 8,2% e minerais não metálicos, 11,1%; produtos químicos, 20,6%; produtos de metal, 19,6% e alimentos e bebidas, 8,7%.
Dos dezoito setores pesquisados, em quatorze o valor da folha de pagamento real teve crescimento, com destaque para os segmentos de alimentos e bebidas, 7,4%; indústrias extrativas, 9,9%; produtos químicos, 7,2%; borracha e plástico, 6,8%; minerais não metálicos, 5,7%; produtos de metal, 2,4%; máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações, 2% e refino de petróleo e produção de álcool, 4,1%.
Em relação ao emprego industrial, em outubro o total de pessoal ocupado teve variação positiva de 0,4% em relação ao mês anterior, quando a variação foi negativa em 0,3%. Na comparação outubro e setembro, houve uma queda de 1,2% e no acumulado do ano o índice do total do pessoal ocupado recuou 1,4%.
Marcello Antunes, com informações do IBGE
Veja a pesquisa completa do IBGE
Leia mais:
Brasil exerceu influência positiva no crescimento salarial
Taxa de desemprego cai para 10,5% em outubro