Em 2017, a presença de empregadas domésticas com carteira assinada diminuiu na região metropolitana de São Paulo, interrompendo um processo de formalização que havia ganhado força a partir de meados dos anos 2000. Pelos dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), da Fundação Seade e do Dieese, a participação das mensalistas com carteira caiu de 43%, em 2016, para 41,5%, enquanto a das diaristas cresceu de 39,4% para 41,5%, exatamente no mesmo patamar. As informações foram divulgadas nessa quarta-feira (18) pelo Seade. No próximo dia 27, comemora-se o dia nacional dessa categoria profissional.
“Diante das dificuldades encontradas na economia, no período mais recente, com forte aumento do desemprego e redução do rendimento familiar, muitas famílias procuraram restringir seus gastos, optando por dispensar ou diminuir a frequência da profissional responsável pelos cuidados da casa”, diz a fundação. “Diferentemente de períodos de crescimento econômico, em que a trabalhadora doméstica pode escolher sair dessa ocupação, uma vez que encontra condições favoráveis para buscar melhores ofertas de trabalho (normalmente em empresas), no atual contexto elas acabam por permanecer nos serviços domésticos ou no desemprego.”