Foi desmarcado o depoimento do advogado Ruy Cruvinel Neto ao Conselho de Ética do Senado, previsto para a manhã desta terça-feira (22/05). O Conselho investiga a suposta quebra de decoro parlamentar do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO). No início da noite desta segunda-feira (21/05), a secretaria do Conselho recebeu um ofício de Cruvinel, onde ele informa que não comparecerá por “motivos pessoais”.
Arrolado como testemunha de defesa, Cruvinel repetiu o que já havia declarado em nota divulgada quando sua participação no esquema Cachoeira foi ventilada por uma revista semanal: que não conhecia o senador Demóstenes, nunca havia estado pessoalmente com ele e nunca fez qualquer declaração acusando o senador Demóstenes de qualquer ligação com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Ainda está mantido o suspense sobre a presença do próprio Carlos Augusto Ramos – o Cachoeira – na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que leva seu nome . Mais uma vez, a decisão está nas mãos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, que deve decidir, ainda nesta segunda-feira (21/05) se aceita mais uma vez o pedido de adiamento apresentado pela defesa do bicheiro.
Cachoeira já devia ter falado aos parlamentares na semana passada, mas conseguiu uma liminar que barrava o depoimento, alegando que a defesa não tivera acesso à integra dos autos dos processos que estão nas mãos da CPMI. Liberado o acesso aos advogados, agora a alegação é de que o volume de informações não permitiu a estruturação do depoimento do contraventor.
O Conselho de Ética também aguarda a presença de Carlinhos Cachoeira para um depoimento nesta semana: na quarta-feira (dia 23/05), às 14 horas.