Dilma e comitiva da CUT: presidenta receberá reivindicações dos trabalhadores |
Agora é oficial: dia 6 de março próximo, data da Marcha a Brasília convocada pelas principais centrais sindicais do País, a presidenta Dilma Rousseff receberá uma comitiva de trabalhadores no Palácio do Planalto. O anúncio foi feito oficialmente nesta terça-feira (05/02) pelo presidente da Central Única de Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, logo após a audiência com Dilma.
A presidente receberá pessoalmente o documento preparado pelas centrais, no qual estão as principais reivindicações dos trabalhadores. Dentre elas, estão a redução da jornal de trabalho para 40 horas semanais sem redução do salário, o fim do fator previdenciário, a reforma agrária, a regulamentação do direito de negociação do servidor público (Convenção 151, da OIT), a valorização da educação como ativo do desenvolvimento do Brasil , a reforma tributária e a redução da rotatividade de mão de obra no Brasil que, segundo Freitas “é muito grande”
Ainda segundo o dirigente da CUT, a presidenta se comprometeu a analisar o documento a ser entregue. “Ela não disse que irá concordar, mas analisar”, frisou, antes de anunciar a negociação direta com a presidenta já resultou em uma importante medida: a isenção da cobrança do Imposto de Renda sobre a Participação de Lucros e Resultados até R$ 6 mil, anunciada dia 24 de dezembro passado e em vigor desde 2 de janeiro deste ano . “Esperamos poder anunciar outras conquistas vindas dessa abertura de diálogo no dia 1º de Maio”, reforçou Freitas.
Ele ainda pediu a presidente ajudasse os sindicalistas a ter espaço e voz na próxima cúpula do G20, que acontece nos dias 5 e 6 de setembro, em São Petersburgo, Rússia. Dilma disse que vai trabalhar para que uma delegação sindical internacional tenha direito de fala na próxima reunião da cúpula do G20 e também para que os líderes sindicais sejam recebidos pelos chefes de estado. Com a presidenta Dilma, a audiência já está garantida.
“A presidenta se comprometeu a ser a interlocutora do nosso pedido porque concorda que a crise financeira internacional não pode ser colocada como responsabilidade da classe trabalhadora”, disse Vagner. Segundo ele, a CUT e a Confederação Sindical Internacional (CSI) vão escolher o grupo de dirigentes que vão participar dessas audiências.
Além de Vagner, participaram da audiência o secretário-geral da CUT Sérgio Nobre, o secretário de Relações Internacionais João Felício, a vice-presidenta da CUT Carmen Foro, a secretária da Mulher Trabalhadora Rosane da Silva, o secretário de Organização Jacy Afonso, o secretário de Finanças Quintino Severo e o secretário de Políticas Sociais, Expedito Solaney.