Da luta viemos, na luta estamos e à luta iremos – por Marcello Antunes

O encontro preparatório para o V Congresso do Partido dos Trabalhadores, realizado neste fim de semana em Belo Horizonte (MG), quando comemoramos 35 anos de criação do partido do povo para o povo, marca o início de uma grande transformação. Da luta viemos, na luta estamos e à luta iremos, porque a hora é de combater a fúria antigoverno e anti-PT que cresce cada vez mais na mídia monopolizada, em todos os sentidos e em todos os cantos do Brasil.

Levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima é a senha que vale para todos que se sentem atingidos por matérias nos jornais e nas tevês e enxergam – erradamente – um esgotamento de um governo e de um partido vencedor. Nos jornais, articulistas, mais de uma vez, afirmam que o PT chegou ao fundo do poço, enquanto políticos de direita torcem para que o governo Dilma Rousseff sangre e ela não chegue ao fim de seu mandato. Essa é a tônica de quem flerta com o golpismo.

Mas a hora de reagir chegou e aproveitando o carnaval vamos colocar nosso bloco nas ruas, espantar o pessimismo latente para resgatar o otimismo que sempre foi uma característica nossa, a de querer um País socialmente justo e inclusivo, onde todos, sem distinção, pudessem sonhar em ver o filho na universidade, ter uma casa própria, um carrinho, viajar de avião, ir para o exterior, um emprego com carteira assinada ou que conseguiu abrir seu próprio negócio.

A mensagem que marca uma transformação é otimista porque o Partido dos Trabalhadores, nesses 35 anos, sempre se recriou e porque é um partido vencedor. Temos o que mostrar e o que comemorar, porque vencemos pela quarta vez consecutiva uma disputa à presidência da República. Então, por qual razão esse pessimismo? Ele vem justamente das forças do atraso e, como sabemos, se ela não ganhou nas urnas, também não ganhará pelos meios de comunicação, sua aliada do momento. Como disse a presidenta Dilma, agora pela segunda vez, é hora de enfrentar a batalha da comunicação.

O presidente do PT, Rui Falcão, em seu discurso, foi ao ponto ao dizer que “se queremos que a presidenta Dilma cumpra um segundo mandato ainda melhor que o primeiro teremos que reunir mais forças que as do nosso partido”. Assim, uma das nossas primeiras tarefas é responder aos ataques contra ela e levar para as ruas a defesa do programa vencedor, organizando a população para defender nosso projeto e lutar por reformas estruturais.

Falcão disse mais, que vale para quem está desanimado, militantes e simpatizes: “vencer este desafio vai exigir do PT um renascimento, uma retomada de valores de nossas origens, entre os quais a ideia fundadora da construção de uma nova sociedade… Caberá promover este reencontro com o PT dos anos 80, quando nos constituímos num partido com vocação de poder e transformação da sociedade – e não num partido do ‘melhorismo’”.

Para que essa receita dê certo, o caminho para muitos anos de vida está posto: é preciso vencer resistências, obstáculos, porque o PT não pode seguir numa rigidez conservadora, porque assim não seria o PT formado por guerreiros e guerreiras.

Marcello Antunes

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