CPMI do Golpe

Dados comprovam uso eleitoreiro da Polícia Rodoviária Federal

Números obtidos pelo jornal O Globo mostram que a Polícia Rodoviária Federal concentrou fiscalizações do segundo turno na região Nordeste, onde Lula tinha mais votos
Dados comprovam uso eleitoreiro da Polícia Rodoviária Federal

Silvinei Vasques e Anderson Torres usam evento da PRF para fazer campanha por Bolsonaro. Foto: Reprodução

Não resta mais dúvida de que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi utilizada pelo governo Bolsonaro para dificultar, no dia do segundo turno, a votação de eleitores do Nordeste, onde Lula era o grande favorito, após alcançar 66% dos votos no primeiro turno. 

Dados obtidos pelo jornal O Globo, via Lei de Acesso à Informação (LAI), revelam que um terço das blitze (31,6%) realizadas pela PRF em 30 de outubro passado ocorreram na região, que tem apenas 17,6% da frota de veículos do país, de acordo com o Ministério dos Transportes.

Os relatórios mostram que, após ter um em cada três veículos interceptados naquele dia, o Nordeste acabou somando 2.887 vistorias de equipamentos obrigatórios e de identificação veicular. Mais do que o Sudeste, que conta com 47,8% da frota nacional e somou 2.543 veículos fiscalizados (27,8% do total).

Os dados desmentem o depoimento prestado à CPMI do Golpe por Silvinei Vasques, que era diretor da PRF na época das eleições. Mentindo aos deputados e senadores, o policial amigo da família Bolsonaro declarou que as regiões Norte e Nordeste tinham registrado um número menor de fiscalizações. Procurado pela reportagem do Globo, ele não se manifestou. 

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