Dados mostrarão nova redução no desmatamento na Amazônia

No mês passado, o INPE anunciou a menor taxa de desmatamento da Amazônia Legal desde 1988 – houve uma redução de 8%.

A  ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou, nesta terça-feira (31/07), nova expectativa de redução do desmatamento na Amazônia. O balanço geral entre 2011 e 2012, que será divulgação oficialmente em dois dias, também aponta para uma necessidade de melhoria das ações de controle. “Temos que melhorar a atuação em relação à questão do desmatamento puxadinho [abate de árvores concentrado em áreas inferiores a 25 hectares], às propriedades que estão licenciadas e estão desmatando ilegalmente e às oportunidades do Cadastro Ambiental Rural (CAR), mas também às limitações desse cadastro”, disse Izabella Teixeira.

O cadastro, que servirá como instrumento para monitorar a situação de áreas de preservação permanente (APPs) das propriedades rurais do país, ainda está sendo testado nos estados de Mato Grosso e do Pará.

No mês passado, dados consolidados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes) indicaram, entre agosto de 2010 e julho de 2011, uma redução de 8% no desmatamento em comparação com o período anterior. Os dados mostraram que a Amazônia Legal teve 6,4 mil quilômetros quadrados de sua área desmatada entre agosto de 2010 e julho de 2011. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que essa é a menor taxa de desmatamento registrada na Amazônia Legal desde que o Inpe começou a fazer a medição, em 1988.

Segundo Izabella Teixeira, mesmo com o registro de redução do desmatamento, a situação da Amazônia é ainda é motivo de preocupação permanente do governo, em função da ocupação da área e da regularização das atividades econômicas nas unidades de conservação e nas terras indígenas na região. “O desafio não é só o desmatamento, mas o crescente avanço do garimpo na Amazônia, particularmente em terras indígenas, que é algo que achamos que estava minimizado”, explicou Izabella Teixeira.

Como os dados ainda não são oficiais, a ministra limitou-se a informar que os números “são impressionantes” e que o ministério está monitorando as ocorrências. “Estamos verificando o que está acontecendo e a fiscalização já está atuando, principalmente em terras indígenas”, disse ela.

Na semana passada, na Terra Indígena Kayapó, em Tucumã, no Pará, fiscais da Fundação Nacional do Índio (Funai) apreenderam uma balsa transportando escavadeira hidráulica, trator com carreta, sete motores com bombas de sucção acopladas, 15 mil litros de óleo diesel, barco de alumínio com motor de popa, gêneros alimentícios e outros materiais utilizados no garimpo ilegal de ouro. De acordo com o órgão, um grupo de garimpeiros pretendia invadir a terra indígena para desenvolver a atividade clandestina nas proximidades da Aldeia Gorotire.

Com Agência Brasil 

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