O procurador da Força-Tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol fugiu de audiência pública realizada hoje (11) pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (Cetasp) para tratar de dois misteriosos fundos privados – num total de R$ 9,3 bilhões – oriundos de acordo firmados entre os procuradores de Curitiba, a Petrobras, a Odebrecht e o governo dos Estados Unidos.
O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), defendeu a prisão de Dallagnol e de todos os envolvidos com o ilegal acordo, além da realização de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o caso e outras movimentações suspeitas da Lava Jato.
Segundo Pimenta, o acordo que levou à criação dos dois fundos que seriam geridos por pessoas indicadas pela Lava Jato, sem nenhum controle público, embora os recursos devessem ser destinados à União, é ilegal e constitui crime de lesa pátria, abrindo caminho para a prisão tanto de Dallagnol e outros procuradores como da juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, que legitimou o acordo.
“É uma situação grave, os procuradores, sem base legal, firmaram acordo com os EUA, em nome do Brasil, com a agravante de terem repassado a um governo estrangeiro documentos sigilosos da Petrobras, uma empresa estratégica para o povo brasileiro”, denunciou Pimenta.