A ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, agora senadora Damares Alves (Republicanos-DF), teve como assessores ao menos quatro pessoas envolvidas no ataque de 8 de janeiro ou em eventos que antecederam o golpe frustrado. Um deles é nada menos que Wellington Macedo de Souza, um dos três homens que tentaram explodir um caminhão de combustível no aeroporto de Brasília, na véspera do Natal de 2022.
Em 2019, Wellington trabalhou por nove meses como assessor da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e, nessa condição, chegou a participar de audiência na Câmara dos Deputados.
Três anos depois, ele foi apontado como um dos três terroristas envolvidos na tentativa de explodir o aeroporto da capital.
Os outros dos criminosos, Alan Diego dos Santos Rodrigues e George Washington Oliveira de Sousa, já foram condenados.Wellington, no entanto, está foragido da Justiça. A expectativa é que a CPMI do Golpe consiga quebrar seus sigilos bancários e telefônico.
Mais um foragido
Outro golpista próximo de Damares Alves é o blogueiro bolsonarista Oswaldo Esutáquio, apontado como um dos principais articuladores do ataque às sedes dos Três Poderes. Ele não foi lotado no Ministério da Mulher de Damares, mas a assessorou durante a transição de governo e, depois, emplacou a esposa, Sandra Terena Eustáquio, como secretária de Igualdade Racial na pasta.
Eustáquio é um importante nome na disseminação de mentiras ao longo de todo o governo de Jair Bolsonaro, sendo mais um dos investigados em inquéritos do STF por financiamento e articulação de atos antidemocráticos, fakenews e milícias digitais.