Nova pesquisa Datafolha, publicada hoje pela Folha de S.Paulo, mostra novo recorde de aprovação do governo da presidenta Dilma Rousseff – 67% de avaliação ótima ou boa, a maior obtida por um presidente da República, desde que a pesquisa começou a ser realizada, nos quinze primeiros meses de governo. Em janeiro, a avaliação colhida pelo Datafolha foi de aprovação de 59% dos entrevistados – logo, um avanço de oito pontos percentuais em relação ao último levantamento. Acompanham os 64% de aprovação, 29% que consideram uma administração regular e apenas 5% avaliam como ruim ou péssima. Também essas avaliações recuaram. Em janeiro elas indicavam, respectivamente, 33% e 6%.
Dado o fato de que a aprovação da presidenta Dilma tem sido crescente desde a primeira avaliação, o Datafolha decidiu incluir uma nova pergunta aos 2.588 entrevistados entre os dias 18 e 19 deste mês. A questão foi: quem deverá ser o candidato à Presidência em 2014, Lula ou Dilma?
Com margem de erro de dois erros percentuais, para mais ou para menos, 57% de todos brasileiros de todos os estados e do Distrito Federal responderam: Lula. Dilma aparece mais de 20 pontos percentuais abaixo, com 32% das respostas, contra 6% que disseram que nenhum dos dois deveria concorrer e 5% que não souberam dizer.
“Dilma, entretanto, está tecnicamente empatada com o antecessor, dentro da margem de erro, quando se observam grupos considerados formadores de opinião”, observa o jornalista Fernando Rodrigues, na análise dos resultados publicada hoje. “Por exemplo, entre os eleitores com renda acima de dez salários mínimos, Dilma tem 48% contra 45% de Lula. Situação de empate técnico. O mesmo entre os que têm escolaridade de nível superior: 42% para atual presidente e 41% para seu antecessor.”
Ao se comparar o período analisado – 15 meses iniciais de governo – com os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, a presidenta Dilma abre larga vantagem: 64% de aprovação, contra 38% de Lula (no primeiro mandato) e 30% de Fernando Henrique Cardoso. No mesmo período de seu segundo mandato, Lula alcançou 55% de aprovação – nove pontos percentuais a menos do que Dilma.
O levantamento publicado hoje traz novidades na clivagem da análise por escolaridade e renda. Dilma Rousseff vai extraordinariamente bem até mesmo nas faixas de renda refratárias ao seu governo e ao PT. Entre os entrevistados com mais de dez salários mínimos de renda mensal, eu representam 4% da população, a avaliação “boa ou ótima” da presidenta saltou 17 pontos percentuais – de 53% para 70%. Também entre a população mais pobre – renda de dois mínimos por mês – a avaliação positiva cresceu, saltando de 59% para 64%, na comparação com a última pesquisa.
Todos esses números positivos repousam sobre a expectativa que o brasileiro tem com a economia nos próximos meses. Para 49% dos entrevistados pelo Datafolha, a situação econômica do país em geral vai melhorar, enquanto 13% acreditam que vá piorar e 34% que nada vai mudar.
“Logo no começo do mandato da petista houve expectativa de crescimento da taxa de inflação e de diminuição do poder de compra. Hoje, essas curvas se inverteram.
“No caso da inflação, a curva descreve forte mergulho. Em junho do ano passado, 51% achavam que os preços iam subir. O percentual caiu para 46% em janeiro passado. Agora, chegou a 41%.
“Ou seja, a população percebeu que os preços perderam fôlego. O Planalto tem respondido forçando uma queda dos juros. E a soma dessas conjunturas tem rendido mais popularidade para a presidente da República, interpreta a Folha. “Já a curva da expectativa do poder de compra tem uma trajetória ascendente desde junho de 2011. Naquela época, o Datafolha havia apurado que apenas 33% achavam que o poder de compra iria aumentar. Em janeiro, a taxa foi 41%. E agora está em 45%.”
Leia a reportagem da Folha de S.Paulo sobre a pesquisa, na íntegra, clicando no título abaixo (disponível apenas para assinantes).