Delcídio acredita que crise na Fifa renovará a gestão do futebol brasileiro

Delcídio acredita que investigação na Fifa e CPI do Futebol no Senado possam ajudar a melhorar o futebol do PaísO líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), não tem dúvida de que a prisão de sete executivos da principal entidade do futebol mundial, a Fifa, incluindo o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, vai impactar diretamente na maior entidade do futebol nacional e, respectivamente, nas federações estaduais.

“O processo de renovação na gestão do futebol brasileiro vai ser acelerado. O governo, com esse objetivo, elaborou a Medida Provisória 671, que trata exatamente de responsabilidade fiscal e da modernização da gestão do futebol brasileiro, e eu não tenho dúvida que, fruto dessa crise, nós vamos ter ligas de times como já existe na Europa, cabendo a CBF a missão de cuidar somente da seleção brasileira”, prevê o senador.

Para o senador, a Comissão Parlamentar de Inquérito que deve ser instalada no Senado ajudará no processo de renovação do futebol nacional. Além disso, Delcídio acredita que ter uma pessoa como o senador Romário à frente do processo de investigação, ajudará no esclarecimento das questões levantadas.

“O Senado vai investigar tudo em detalhes, até porque foi criada uma CPI do Futebol, que deverá ter como relator o senador Romário, ex-jogador e grande conhecedor da estrutura do futebol brasileiro”, afirmou.

Liga de clubes

De acordo com a Medida Provisória 671, em tramitação no Congresso, será considerada entidade desportiva profissional a instituição envolvida em competições de atletas profissionais. Na prática, isso significa um caminho aberto para o funcionamento de ligas na organização e administração de competições no futebol brasileiro.

Assinada pela presidenta Dilma Rousseff no dia 19 de março deste ano, a MP trata, em seu Art. 2º, da criação do Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut), que terá a missão de promover a gestão transparente e democrática e o equilíbrio financeiro das entidades desportivas profissionais de futebol. O ProFut prevê o refinanciamento dos R$ 4 bilhões devidos pelos clubes ao governo em parcelas de 240 meses (20 anos), com reajuste pela taxa Selic.

“Todo mundo sabe que os clubes brasileiros estão falidos. Com o refinanciamento, eles terão a oportunidade de se reorganizar financeiramente, mas todos vão ter que obedecer a uma série de exigências e adotar uma governança rígida para evitar o desvio de recursos”, ressalta Delcídio.

Pela MP, os clubes que aderirem ao programa de refinanciamento deverão apresentar melhoras na sua gestão e comprovar o pagamento em dia dos salários e direitos de imagem dos atletas. A lei ainda prevê que clubes e federações não deverão permitir mais de dois mandatos seguidos de quatro anos para seus presidentes.

Assessoria do senador Delcídio do Amaral

 

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