Projeto Vozes da Classe Média vai mapear a parcela da população que mais cresceu nos últimos 10 anos e propor a adequação de políticas públicas
Um grande mapeamento da nova classe média brasileira será a base de um grande projeto para atender às demandas da maior parcela da população atualmente. A consolidação de todos os dados será a base tanto para a compreensão das mudanças socioeconômicas recentes e de suas consequências nesta parcela da população brasileira, como na adequação das políticas públicas. Nos últimos 10 anos, 35 milhões de pessoas entraram na classe média, que passou de 38% da população, em 2002, para 52%, em 2012
O projeto Vozes da Classe Média, lança nesta quinta-feira (20/09) pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, é uma ação conjunta da Caixa Econômica Federal (CEF) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e está organizado em duas fases
Na primeira etapa, o objetivo é revisitar todas as fontes de dados já existentes sobre o assunto, como: a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD) e a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), ambas produzidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); pesquisas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea); da Confederação Nacional da Indústria (CNI); do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD); e do Instituto Data Popular.
No total, serão analisadas vinte e sete pesquisas realizadas nos últimos três anos, com abrangência nacional, tratando da opinião das diversas parcelas de renda brasileira sobre 22 temas públicos de relevância para o bem-estar individual e para o desenvolvimento do país.
Os resultados dessas análises serão divulgados em edições eletrônicas bimestrais dos Cadernos Vozes da Classe Média. Cada um abordará um tema específico, como visão de futuro, protagonismo, qualidade e utilização dos serviços públicos. Para facilitar o acesso ao conteúdo dos Cadernos, serão publicadas anualmente as Coletâneas Vozes da Classe Média, reunindo, atualizando e aprofundando as análises bimestrais.
Segunda etapa
Na segunda etapa do projeto, serão realizadas pesquisas em 10.000 domicílios espalhados pelas cinco regiões brasileiras. Os mesmos domicílios serão entrevistados repetidas vezes com periodicidade anual.
Com esse painel fixo de famílias, poderão ser mapeadas a evolução e as mudanças, para cada faixa de renda, nas necessidades, interesses, percepções, valores, atitudes, receios e anseios das famílias brasileiras. Nessa segunda fase, também serão realizadas pesquisas qualitativas com grupos focais.
Com informações da SAE, CEF e PNUD
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