O noticiário de grande parte dos jornais brasileiros insiste em tentar criminalizar o PT e suas principais lideranças. Nesta semana, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) passou a ser o novo alvo da perseguição política. A partir do acesso a “documentos sob sigilo”, matérias deram veracidade a “supostas” denúncias contra a senadora. Agindo assim, a mídia apenas afronta a liberdade de expressão e instiga o ódio nas redes sociais.
No caso da denúncia “sob sigilo”, a qual determinados jornais tem acesso privilegiado, as inverdades são evidentes. “As matérias contêm ilações que carecem de provas; são baseadas apenas em delações e documentos não oficiais”, diz a senadora Gleisi. Além das manchetes tendenciosas, as matérias sequer questionam a inexistência de qualquer relação fática da conduta da senadora com os crimes de que é acusada – de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Para haver corrupção passiva é preciso favores prestados, o que não se comprova nem quando senadora, nem quando era chefe da Casa Civil. No caso de lavagem de dinheiro, a acusação também não se sustenta, pois a acusação, ao final, é de caixa 2. A fragilidade das denúncias tratadas levianamente pela mídia se torna evidente quando “um mesmo delator apresenta nada mais, nada menos, do que cinco versões diferentes para um mesmo fato”, de acordo com a defesa da senadora.
Também chama a atenção nas coberturas sobre as ações da Lava Jato o tratamento especial dedicado ao Partido dos Trabalhadores e suas lideranças. A referência ao PT é uma constante, enquanto os demais partidos e respectivos políticos não são citados. Nas denúncias envolvendo o senador Aécio Neves, do PSDB, e na época, presidente do PSDB, tais informações foram sonegadas, mas no caso da senadora Gleisi, é lembrado que ela é senadora do PT e presidenta do partido.