Depois da confusão armada, leitura do relatório da CPMI é adiada

O relator assegurou que não tem qualquer intenção de atropelar o debate ou impor sua vontade e se propôs a acatar as alterações ao texto.

Com seguidas manobras da oposição, que impediu a leitura do relatório criando polêmicas que pretendiam desmerecer seu conteúdo antes mesmo de ser apresentado, foi decidido que a leitura do documento escrito pelo relator da CPMI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG) será lido nesta quinta-feira (22/11), a partir das 10h15.

Até essa decisão ser anunciada, entretanto, foi grande a confusão. De um lado, parlamentares irritados reclamavam que a imprensa tivera acesso ao texto antes dos integrantes da Comissão – o que não é verdade. Não adiantaram as reiteradas explicações de que o noticiado desde ontem à noite eram vazamentos pontuais, nem que os cinco volumes do relatório foram postos em disponibilidade para o público em geral, incluindo jornalistas, cidadãos e parlamentares, desde a madrugada desta terça-feira (20/11).

Assim, a leitura foi postergada. Pesou na decisão dos diretores da CPMI – e do próprio relator – que o clima conturbado impediria a leitura cuidadosa que o texto exige. Assim, até amanhã integrantes da comissão terão tempo de ler com cuidado todo o material.

later_8748f19951_m

“Não existe a menor possibilidade de discutir e votar esse relatório sem um mínimo de consenso”, admitiu o relator, que defendeu a construção de um texto que seja “o relatório do conjunto dos membros da comissão”.  Ele assegurou que não tem qualquer intenção de atropelar o debate ou impor sua vontade e se propôs a acatar as alterações ao texto que sejam decididas pela maioria dos parlamentares.

O presidente em exercício da CPMI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP) convocou, então, uma nova reunião para esta quinta-feira, “para a leitura do relatório”.

Giselle Chassot

Leia mais:

CPI do Cachoeira: o relatório e seus principais personagens

“CPMI do Cachoeira não termina em pizza”, diz Jorge Viana

To top