Em artigo na Folha de São Paulo, o doutor em Ciência Política na Universidade Oxford, Mathias de Alencastro, afirmou que “Trump e ‘brexit’ inviabilizaram a estratégia de Serra no Itamaraty”. Ou seja, a aposta errada na derrotada Hillary Clinton nas eleições norte-americanas fez com que os golpistas entrassem na contramão da política e da economia mundial. Eleito em novembro passado, a primeira medida do novo presidente dos EUA, Donald Trump, foi “rasgar” o Tratado Transpacífico e, com isso, deixar Serra e seu PSDB à deriva.
O pedido de demissão do Ministro das Relações Exteriores, José Serra, repercutiu em todos os órgãos de imprensa, da grande mídia aos blogs especializados. “Com as investigações da Lava Jato batendo na sua porta, o pânico é evidente”, destacou o blog GGN, em análise do jornalista Luis Nassif sobre outras razões que provocaram o pedido de afastamento. “A quebra do sigilo do fundo de investimento de sua filha Verônica certamente teria um efeito devastador sobre seu futuro”, advertiu Nassif.
José Serra é a oitava peça do dominó golpista que cai em menos de um, agora desabando em disputas internas pelo poder em desagregação diante do fracasso da política econômica. Sem apoio externo, mesmo assim o PSDB insiste em avançar para um “segundo estágio golpe”, orientando as ações da Lava Jato contra os chefes peemedebistas. Nesse contexto, outras avaliações indicam que, menos do que a doença, postar-se na trincheira do Senado Federal é a uma das principais razões da demissão.
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