Operação Zelotes

Depois de todo o espetáculo, PF conclui que Mantega é inocente

Depois de todo o espetáculo, PF conclui que Mantega é inocente

Imagem: Brasil 247

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi excluído das acusações pela Polícia Federal no esquema da Operação Zelotes. Após um ano de investigações, a delegada Rafaella Vieira Linhas Parca, que dirigia o inquérito da PF, não encontrou indícios contra Mantega, mesmo após a quebra de seus sigilos bancário e fiscal.

A Operação Zelotes apura um esquema milionário de propinas por meio do qual megaempresários teriam se livrado de pagar impostos. A fraude consistiria em modificar decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), última instância na qual são confirmados os débitos tributários.

“Provável” sem provas

Segundo a delegada federal Rafaella Parca, que presidiu o inquérito, ela deixou de indiciar Mantega e outros acusados porque não encontrou provas nos “elementos objetivos colhidos” ao longo da investigação, embora afirme que o ex-ministro e outros investigados “provavelmente” estariam envolvidos no esquema criminoso.

Em maio de 2016, Mantega foi conduzido coercitivamente pela Polícia Federal para prestar depoimento aos responsáveis pela Operação Zelotes, com todo o aparato e espetáculo já consagrados na liturgia das investigações envolvendo petistas.

Seis meses depois dessa condução coercitiva, o ex-ministro voltaria a ser vítima de pirotecnia ao ser preso — nesta ocasião, por ordem de Sérgio Moro, no âmbito da Operação Lava Jato — dentro do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde acompanhava a esposa em tratamento de câncer. A prisão pegou tão mal que foi revogada cerca de sete horas após a ser efetivada.

Agressões

A espetacularização dessas investigações cobrou um preço especialmente duro a Guido Mantega, vítima de pelo menos três episódios de agressões verbais. Uma delas ocorreu dentro do Hospital Albert Einstein e não poupou sequer sua mulher, Eliane Berger, que era paciente da instituição.

Mantega localizou e processou por calúnia dois empresários que o agrediram em um restaurante paulistano. Os dois réus, temendo as consequências penais, pediram desculpas ao ex-ministro, que aceitou o recuo dos valentões e suspendeu o processo na Justiça.

 

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