CNJ

Deputados entram com representação contra Moro

Ação é motivada por quebra de sigilo sobre colaboração premiada de Palocci às vésperas da eleição, em claro ataque à democracia
Deputados entram com representação contra Moro

Foto: Lula Marques

Após Sérgio Moro quebrar o sigilo de uma colaboração premiada de Antônio Palocci apenas seis dias antes da eleição de 2018 – colaboração negada pelo Ministério Público por falta de provas – o líder da bancada do PT na Câmara, Paulo Pimenta(RS), e os parlamentares Wadih Damous (RJ) ePaulo Teixeira (SP) irão entrar com uma representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), solicitando a suspeição do juiz de Curitiba.

Segundo Pimenta, “o ato de Sergio Moro é ataque gravíssimo ao processo eleitoral e à democracia. Tem o mesmo teor do que cometeria o juiz Rocha Cubas, que pretendia, em conluio com Bolsonaro, recolher urnas eletrônicas na véspera da eleição. Moro tem que ser afastado imediatamente das suas funções”, afirmou Pimenta.

O deputado destaca que a decisão de Moro é irresponsável por diferentes motivos: o fato do Ministério Público não querer homologar a delação; o relator Gebran ter afirmado que “não cabe neste momento o exame detido do conteúdo das declarações”; e Palocci não ter apresentado nenhuma prova.

O senador Lindbergh Farias (RJ), líder do PT no Senado, afirmou que Sérgio Moro usa um roteiro já conhecido para promover “mais um factóide para criar efeito eleitoral, sem a menor conexão com a verdade e a justiça”.

“[Sérgio] Moro é um fora da lei, um militante da direita brasileira”, classifica Lindbergh.

Já a senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidenta nacional do PT, afirmou que o juiz Sérgio Moro “não podia deixar de participar do processo eleitoral”. “A ação política é da sua natureza como juiz. Vai tentar pela enésima vez destruir Lula. Tudo que consegue é a autodestruição”, enfatizou.

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