Desde 2004, 32 mil jovens compraram terras com crédito federal

Desde 2004, o Nossa Primeira Terra já beneficiou 32 mil jovens entre 16 e 29 anos, num investimento total de R$ 106 milhões. Criado dentro do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) – , o Nossa Primeira Terra visa atender a jovens que não sejam proprietários de terra e filhos de agricultores. Um público prioritário é formado por estudantes de escolas agrotécnicas que desejem adquirir uma propriedade rural. No Brasil, existem 74 escolas de formação agrotécnica – entre Escolas Agrotécnicas Federais e Escolas Famílias Agrícolas – que formam aproximadamente seis mil técnicos por ano.

O programa tem o objetivo de possibilitar aos jovens brasileiros a oportunidade de permanecer no campo e contribuir para o desenvolvimento rural ao invés de migrarem para as grandes cidades. Por meio desta linha, as instituições parceiras podem inscrever diretamente as propostas dos grupos de potenciais beneficiários. Desde 2010, porém, o programa passou a atender a todos os jovens, mesmo que não façam parte de associações.

Pronaf Jovem

Esses novos agricultores familiares têm direito também a acessar o Pronaf Jovem. “As linhas voltadas para o jovem do campo oferecem um bem precioso para qualquer pessoa que está começando: autonomia”, afirma a assessora especial para a Juventude do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ana Carolina Silva.

O Pronaf Jovem é uma linha de investimento direcionada para agricultores de 16 a 29 anos que desejem financiar qualquer atividade geradora de renda, como projetos agropecuários, de turismo rural, de artesanato, pomar e horta. Inserida no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) – (, a linha de crédito procura estimular a permanência do jovem na terra com autonomia.

O limite de financiamento é de R$ 12 mil, com carência de três anos e prazo para pagamento de dez anos, a juros de 1% ao ano. “A ideia é fortalecer o programa no sentido de ampliar o acesso do jovem rural a essa linha, inclusive através da instituição de uma política específica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater)”, ressalta Ana Carolina.

Assistência Técnica

Além da terra, o jovem precisa de instrumentos técnicos para produzir. Para isso, o MDA oferece um serviço diferenciado de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), para promover mecanismos concretos de valorização e visibilidade da juventude do campo.

“Durante muito tempo, a população rural reivindicou uma política de educação que respeitasse as especificidades do campo. O Pronacampo, do Ministério da Educação, vem juntando experiências de políticas anteriores para atender a essa demanda”, diz Ana.

O Pronacampo vai garantir a ampliação e qualificação da oferta de educação básica e superior para as populações rurais, contemplando as especificidades dos modos de produção, conhecimento e cultura de cada região. A construção de três mil escolas, obras de infraestrutura, além da aquisição de oito mil ônibus escolares, qualificação de professores, gestores e coordenadores pedagógicos que atuarão no campo estão entre as principais ações do programa.

Agricultor familiar terá curso ambiental

Agricultores familiares, assentados e acampados da reforma agrária, extrativistas e pescadores terão cursos de educação ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA). “Pretendemos estabelecer um diálogo com os produtores familiares e lideranças sindicais”, diz o diretor do Departamento de Educação Ambiental (DEA) do MMA, Nilo Diniz. O Programa de Educação Ambiental para Agricultores Familiares (PEAAF), que será lançado nesta quarta-feira (28), vai abordar temas como participação social, agroecologia, práticas sustentáveis, tecnologias sociais, impactos da agricultura, recuperação de áreas degradadas e legislação ambiental.

Em Questão

Nacional de Crédito Fundiário (PNCF)

Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf)


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