A taxa de desemprego no país foi de 4,7% em outubro, contra 4,9% do mês anterior ou ainda 0,5 ponto percentual menor do que os 5,2% registrados no mesmo mês do ano passado. Mais uma vez, o resultado “surpreendeu os analistas”, segundo vem divulgando a agência Reuters.
O percentual alcançado em outubro é o menor para o mês desde o início da série, em 2002, e também o mais baixo desde dezembro do ano passado, quando o indicador ficou em 4,3%.
A taxa de desocupação variou pouco ao longo deste ano. Em janeiro o indicador era de 5,1%, o maior visto neste ano até o momento. A taxa desacelerou nos meses seguintes e teve um pico de 5% em agosto. Em seguida voltou a cair.
Outra promessa reiterada na campanha eleitoral da presidenta Dilma Rousseff – a garantia da manutenção da renda do trabalhados – também foi cumprida. O rendimento médio real dos trabalhadores em outubro foi de R$ 2.122,10 acima dos R$ 2.075,39 verificados em setembro. No mesmo período do ano passado, o rendimento médio era de R$ 2.041,10
Outros indicadores igualmente positivos indicam que a população desocupada em outubro (desempregados, mas que estão em busca de emprego) foi de 1,14 milhão de pessoas, queda de 3,5% em relação a setembro e de 10,1% ante de outubro de 2013. Em setembro, o contingente de desocupados foi de 1,18 milhão de pessoas. Em outubro de 2013, esse volume era de 1, 27 milhão.
Já a população ocupada atingiu 23,2 milhões, alta de 0,8% em relação a setembro, quando o volume era de 23,1 milhões. O número não teve variação frente a igual período do ano passado.
Essas marcas diferenciam o Brasil das dez maiores economias do mundo, todas elas marcadas pela desocupação e desvalorização dos salários.
Os dados do anuário do FMI (World Economic Outlook), divulgados em setembro passado, mostram a diferença. No quadro abaixo, contendo informações das 25 principais economias do mundo, o Brasil é o que apresenta a menor taxa de desemprego (-4,5%), sendo o primeiro no grupo de apenas sete países que mantiveram taxa negativa no ano. Na outra ponta, a Espanha acusa desemprego de 12,6%; a Grécia, 9,2%; e a Irlanda, 8,8%.
Essa comparação não é feita todos os meses pelo oligopólio de mídia que, ao contrário, abre seu espaço para “analistas” e “economistas” sugerindo reajustes e corte nos ganhos salariais dos últimos doze anos. Ao contrário do que pretende a agenda recessiva, que atende exclusivamente interesses do mercado financeiro, o Brasil apostou num modelo de crescimento que privilegia a distribuição de renda. Mais: a política econômica anticíclica construída nos últimos anos, que é criticada todos os dias pelo oligopólio de mídia tem se mostrado robusta o suficiente para enfrentar a recessão global. O crescimento do PIB tem apresentado taxas baixas, é verdade, mas o essencial, para o governo do PT, é garantir os salários e boas condições de vida para a população. Como os números do IBGE comprovam.