O Ministério do Meio Ambiente registrou uma área de 385,5 Km² de corte raso e degradação da floresta amazônica em outubro. Os dados são do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que mede o desmatamento mensalmente.
Os números indicam que o desmatamento na Amazônia foi menor em relação ao mesmo mês em 2010, com redução de 7,8%. O resultado não altera a tendência das taxas de desmatamento na Amazônia Legal, que de janeiro a setembro de 2011 recuou 1,3% em relação ao mesmo período de 2010.
Apenas 17% do território coberto pelos satélites Terra/Aqua e CBERs apresentaram cobertura de nuvens, o que facilitou a detecção, permitindo com que o total de áreas observadas seja 91% superior ao de setembro.
Os meses mais secos costumam apresentar taxas mais elevadas. Mesmo assim, comparado a outubro de 2010, quando foi registrada uma área desflorestada de 389 Km2, a queda no mesmo período foi de 7,8%.
De acordo com a Diretoria do Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento, uma frente de desflorestamento em Porto Velho (RO) e nos municípios próximos é apontada como responsável por 33% do total da área desmatada em toda a Amazônia Legal. Ainda não é possível saber se a supressão de vegetação ocorrida é legal ou ilegal, o que depende da análise das autorizações dos órgãos licenciadores.
O município de Porto Velho vem liderando a lista de desmatadores, atingindo 58,1 Km2 em outubro. A área é mais que o dobro da verificada no município de Novo Repartimento, no Pará, o segundo na lista de maiores desmatadores, com 19,8 Km2.
O total da área desmatada em Rondônia atingiu 128,5 Km2. Informações preliminares do Ibama e da Secretaria de Meio Ambiente do estado indicam que o fenômeno está ligado ao aquecimento da economia local. O segundo estado que mais desmatou foi o Pará, com 119,4 Km2; seguido do Mato Grosso, com 98,1Km2.
Criado para facilitar o trabalho da fiscalização do Ibama, pois aponta as áreas prioritárias para a atuação dos fiscais, o Deter é utilizado pelo MMA como indicador de tendência de desmatamento, que hoje está concentrado em polígonos menores. Em outubro, a área média voltou a cair, chegando ao seu valor mais baixo do ano, com áreas de pouco mais de 0,5 km2.
Ministério do Meio Ambiente