A Operação Lava Jato orientou seus agentes, no mandado de busca expedido para os endereços de Maurício Ferro, ex-executivo da Odebrecht, a buscarem elementos comprometedores contra o senador Jaques Wagner (PT-BA) e outros 15 investigados.
A informação é da coluna Radar, da revista Veja, neste final de semana.
Além do senador, a lista inclui advogados e lideranças petistas como José Eduardo Cardozo, Giles Azevedo, Fernando Pimentel, Aloizio Mercadante, Anderson Dornelles, Edinho Silva, Beto Vasconcelos, Aldemir Bendine e José Di Filippi Júnior.
Em nota, a defesa do senador Jaques Wagner afirmou “que, mais uma vez, parece que não há uma investigação de fatos, mas a tentativa de incriminar determinadas pessoas, o que é inaceitável”.
Íntegra da nota:
1. Os advogados do Senador não tiveram acesso ao inquérito a que as buscas e apreensão se referem, tampouco aos documentos que foram apreendidos, até mesmo porque nenhuma medida desta natureza foi dirigida a Jaques Wagner;
-2. Causa estranheza, no entanto, que mandado de busca e apreensão contra um ex-executivo de uma empresa tenha escolhido alvos previamente, de pessoas que supostamente poderiam ser comprometidas. Isso explicita que, mais uma vez, parece que não há uma investigação de fatos, mas a tentativa de incriminar determinadas pessoas, o que é inaceitável.
3. Sobre a locação de um imóvel na Bahia, em 2010, para que a Presidenta eleita Dilma Rousseff descansasse após as eleições, o senador, então governador da Bahia, alugou e pagou pelo imóvel com cheques, por meio de contrato de locação lícito de imóvel, com valor compatível e adequado ao mercado e com recursos igualmente legais. Importante registrar que nem mesmo o delator faz relação deste pagamento com dinheiro de origem ilícita.
Salvador, 25 de agosto de 2019.
Defesa do Senador Jaques Wagner (PT-BA)