Deve ser fácil defender aposentadoria para os setentões se você se aposentou aos cinquenta

Deve ser fácil defender aposentadoria para os setentões se você se aposentou aos cinquenta

Geddel e Padilha se aposentaram, respectivamente, com 51 e 53 anos. Temer, com 55Para quem se aposentou bem antes dos 60 anos, deve ser muito fácil falar em reforma da Previdência. O presidente Michel Temer garantiu seu benefício aos 55 anos. Recebe R$ 30 mil reais brutos. Seus ministros da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima e da Casa Civil, Eliseu Padilha, solicitaram e receberam o benefício respectivamente aos 51 e 53 anos. O primeiro, recebe 20.354,25, e o segundo com benefício de R$ 19.389,60, somados agora ao salário de ministro, de cerca de R$ 30 mil, informa o portal Brasil 247 em edição desta terça-feira (4). 

O aposentado pela Previdência Social recebe, desde o dia 1º de janeiro de 2016, o limite máximo, é de R$ 5.189,82. É esse valor que recebe a presidenta Dilma Rousseff que contribuiu por 40 anos, nove meses e dez dias. Aposentou-se aos 68 anos. 

A proposta de reforma da Previdência sequer foi enviada ao Congresso Nacional e o Planalto já trabalha com a aposta de que o texto será aprovado pela comissão especial da Câmara que irá analisar a matéria ainda este ano. 

As polêmicas mudanças das regras de arrecadação e gastos com o pagamento de aposentadorias e pensões já sinalizam resistências da oposição que critica, principalmente, o ponto que trata da idade mínima. 

A proposta do governo estabelece uma idade mínima de 65 anos para os trabalhadores terem direito à aposentadoria, com tempo mínimo de contribuição de 25 anos. 

A primeira versão da fórmula exigiria 50 anos de contribuição para o trabalhador ter direito ao benefício integral, ideia que deverá enfrentar resistência das centrais. 

Além da idade mínima para aposentadoria aos 65 anos, a proposta de reforma em estudos no governo define que as novas regras terão de ser seguidas por homens com idade até 50 anos e mulheres e professores de até 45 anos. 

Acima destas faixas etárias, haveria uma regra de transição. Nela, o trabalhador teria de cumprir um pedágio de 50% a ser calculado sobre o tempo que ele ainda precisaria trabalhar para ter direito à aposentadoria de acordo com as regras atuais. Ou seja, um trabalhador que precisasse trabalhar mais um ano para se aposentar teria que esperar mais seis meses. 

 

Giselle Chassot, com agências de notícias

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