Como afirmou o coordenador do Grupo de Trabalho (GT) da Saúde, senador Humberto Costa (PT-PE), esta quarta-feira (7) foi um dia histórico. Nada menos que dez ex-ministros da Saúde sentaram-se à mesa para debater o estado atual do setor no país.
A reunião, no escritório brasileiro da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em Brasília, juntou – presencial ou virtualmente – Alceni Guerra, do governo Collor; Humberto Costa, Saraiva Felipe, José Agenor Álvares e José Gomes Temporão, do governo Lula; Alexandre Padilha, Arthur Chioro e Marcelo Castro, do governo Dilma Rousseff; e Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, do atual governo.
“Foi uma reunião muito positiva, porque nós pudemos, a partir da experiência, do que cada um vivenciou no Ministério da Saúde, saber também a visão que eles têm do momento atual, do Sistema Único de Saúde e das saídas para nós termos um SUS cada vez mais sustentável e capaz de atender as demandas da população”, resumiu Humberto Costa.
O senador explicou que as ideias e sugestões transmitidas pelos ex-ministros poderão integrar o relatório final do GT, que em até dois dias deve ser apresentado pelos integrantes do grupo, e avaliadas posteriormente pela próxima equipe ministerial. O texto que traça o diagnóstico da Saúde e apresenta alternativas para o início do governo Lula deve ser entregue ainda no final de semana à coordenação geral da transição.
PEC do Bolsa Família
Humberto Costa falou, ainda, sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Bolsa Família, em análise no Senado. Segundo ele, o texto que está pronto para votação em plenário traz um alívio à Saúde: “há um compromisso de atender a nossa demanda, que é de R$ 22,7 bilhões, que é o mínimo do mínimo necessário para que possamos colocar em prática os compromissos do presidente Lula com a Saúde e ao mesmo tempo garantir o funcionamento do SUS. Sem isso, nós viveremos uma grande crise na Saúde Pública no nosso país”.