Aníbal Diniz destaca a crescente consciência |
A crescente consciência sobre a importância da preservação ambiental e a redução dos índices de desmatamento são motivos de comemoração no Dia da Amazônia, celebrado nesta quinta-feira (5) em todo o País, afirma o senador acriano Aníbal Diniz (PT). “A consciência ecológica vem sendo adquirida aos poucos, como sabemos. Felizmente, os governos estão incorporando, cada vez mais, a questão ambiental nas suas agendas”, avalia.
Em pronunciamento ao Plenário nesta quarta-feira (4), Aníbal registrou a significativa redução na taxa de desmatamento registrada na região, nos últimos oito anos. “É gratificante registrar que essa taxa caiu 84% nesse período. Com esse resultado, o Brasil atingiu 76% da meta voluntária de redução do desmatamento prevista para 2020 e 62% da meta de redução das emissões de gases de efeito estufa”, lembrou.
Mais de um terço das espécies que vivem sobre a Terra nascem e se reproduzem na Amazônia, importante fonte de matérias-primas e agente regulador do equilíbrio climático global. A Bacia Amazônica, com cerca de seis milhões de quilômetros quadrados e 1.100 afluentes, é a maior bacia hidrográfica do mundo, e seu principal rio, o Amazonas, lança ao mar nada menos que 175 milhões de litros de água a cada segundo. “São números gigantescos”, destacou Aníbal.
Os índices animadores na redução do desmatamento, enfatizou o senador, “resultam da combinação de políticas públicas adequadas com a consciência ecológica e a colaboração da coletividade. Ainda que tenhamos uma gigantesca tarefa pela frente, devemos lembrar que o Brasil é líder mundial na criação de áreas protegidas e que 306 delas ficam na Amazônia, algumas das quais sob os cuidados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, e outras sob a responsabilidade dos governos estaduais”.
Desmatamento caiu 84% em 8 anos. O Brasil |
O senador afirmou que vê com satisfação ações como o Plano de Desenvolvimento Sustentável para a Região Amazônica, anunciado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e a destinação de R$160 milhões para investimento em agricultura irrigada, abastecimento de água e inclusão produtiva da população amazônica em situação de extrema pobreza. São medidas importantes para ajudar a reverter o “contrassenso” representado pela a existência de pessoas “tão pobres e carentes numa região de tão exuberantes riquezas”, afirmou.
Com apenas 12% da população brasileira em uma área que corresponde a 60% do território nacional, a região tem uma carência muito grande em obras de infraestrutura de transporte, de comunicações e de saneamento. “Essa situação de pobreza e de exclusão em que vive boa parte das populações locais requer uma ação cuidadosa, mas efetiva, de integração econômica, de geração de emprego e de geração de renda, conciliada, contudo, com a preservação dos recursos naturais e com o equilíbrio do ecossistema”, defendeu Aníbal, lembrando o modelo proposto por seu conterrâneo Chico Mendes, “esse bravo seringueiro, sindicalista e ambientalista que se tornou símbolo do ativismo ambiental no País e também com projeção internacional a partir de sua luta e de seu brutal assassinato”.
Para Aníbal, celebrar a Amazônia é celebrar a memória de Chico Mendes, um pioneiro que, quase 25 anos depois de sua morte continua a inspirar a preservação ambiental combinada com a melhoria da qualidade de vida do povo da floresta, como o processo em marcha no Acre.
Cyntia Campos
Foto: www.epochtimes.com.br
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