Com o encerramento do pleito, o eleito ou a eleita tem o papel de governar para todos. É o caso da presidenta Dilma Rousseff, reeleita pelo voto direto de 54,5 milhões de brasileiros das cinco regiões do Brasil. São cidadãos e cidadãs de diversas raças, credo, gênero e classe social.
É falsa a premissa que tenta dividir o país ao meio. Dilma Rousseff obteve 24,5 milhões de votos nas regiões Norte e Nordeste; 26,6 milhões de votos nas regiões Sul e Sudeste e 3,2 milhões na região Centro-Oeste. Venceu em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Agora, a hora é de governar para esse imenso Brasil, sem qualquer distinção.
A legitimidade conquistada nas urnas fortalece a presidenta na tarefa de liderar a unidade nacional em torno das reformas necessárias para o Brasil e os brasileiros. Por isso, ela se refere ao “sentimento mobilizador” próprio das campanhas eleitorais, capaz de gerar uma “energia construtiva” a favor dos 200 milhões de brasileiros.
Precisamos agora avançar em questões importantes. Acabar com o financiamento empresarial das campanhas eleitorais, porque está na base dos últimos escândalos de corrupção no país. É necessário abrir o debate democrático com todos os setores sobre a regulação econômica da mídia, tema que não se confunde com liberdade de imprensa, cujo princípio constitucional está assegurado. Vamos aprofundar os programas sociais; impulsionar o crescimento do Brasil, com geração de emprego e ganho real nos salários. E evoluir na superação das desigualdades regionais. Para tudo isso, a palavra de ordem é somente uma: diálogo, diálogo e diálogo.
Senador José Pimentel (PT-CE)
Líder do Governo no Congresso Nacional