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Dieese revela que 78,5% das negociações salariais obtiveram aumentos reais em junho

No governo Bolsonaro, apenas pouco mais de 1/3 das categorias em negociações salariais, por ocasião de suas datas-base, conquistaram aumentos superiores à inflação no período analisado

Agência Brasil

Dieese revela que 78,5% das negociações salariais obtiveram aumentos reais em junho

Levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revela que, das 181 negociações com data-base em junho, 78,5% delas conquistaram aumentos reais, com índices de reajustes salariais acima da inflação, cuja variação média foi de 1,05% acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Referente ao mesmo mês de junho, mas há três anos, no governo Bolsonaro, em 2022 este índice ficou em modestos 37%. Ou seja, apenas pouco mais de 1/3 das categorias em negociações salariais, por ocasião de suas datas-base, conquistaram aumentos superiores à inflação.

São informações preliminares em torno das negociações concluídas nestas quase 200 categorias profissionais, como nos segmentos de turismo, hoteleiro, comércio atacadista e varejista e nos transportes, que puxaram os resultados para cima, segundo informa o boletim do Dieese “De Olho nas Negociações”.

O estudo revela também quedas acentuadas nos índices de negociações coletivas com reajustes abaixo da variação do INPC, atualmente na casa dos 5%. O Boletim do Dieese registra, assim, a retomada dos patamares verificados no final de 2024 e no primeiro trimestre de 2025.

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Em junho de 2025, aponta o Boletim, houve aumento do percentual na variação real média, ou seja, acima da inflação, com índices entre 1,05% a 1,20% acima do INPC. Outras 142 negociações, das 181 analisadas, revelam variação média de 1,39%. Já negociações com reajustes abaixo do INPC, têm variação média de -0,85%.

Por fim, o estudo aponta o que considera como “relativa estabilização do patamar inflacionário”, ao revelar que em junho foi suprido plenamente as necessidades materiais das famílias, com os reajustes na casa dos 5,20%. Para este mês de julho, a projeção do Dieese é que será ligeiramente menor, em torno dos 5,18%, em média.

Emprego e renda gira a roda da economia

Estudos da FGV Social, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) revelam que, em 2024, a renda do trabalho dos mais pobres cresceu 10,7%. E o ritmo desse crescimento foi 50% maior que o verificado entre os 10% mais ricos, com 6.7%. É a maior redução da desigualdade social registrada no país, nos últimos anos.

O fato é que, bem diferente das projeções catastróficas do chamado mercado, desde 2023 são favoráveis os índices de emprego e renda no Brasil, com desemprego em 6,2% e renda média salarial que atingiu o recorde de R$ 3.057,00, em 2024.

É a “roda da economia girando”, como costuma dizer o presidente LULA, apesar da taxa selic em 15%. A combinação emprego e renda faz a economia crescer, derruba as previsões negativas do mercado e cria as condições para as negociações salariais, como revela o Dieese.

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