Dilma: ambiente seguro é fundamental para atrair investimentos

Em Paris, presidenta anunciou a construção 800 aeroportos regionais por meio de parcerias público-privadas

O Governo Federal acredita que a construção de um ambiente seguro e amigável é fundamental para atrair investimentos privados e solucionar os gargalos de logística e infraestrutura do País. Durante encontro com empresários franceses nesta quarta-feira (12/12), no “Seminário Empresarial: Desafios e Oportunidades de uma Parceria Estratégica”, organizado pelo Movimento de Empresas da França (Medef), a presidenta Dilma Rousseff  destacou a importância das parcerias público-privadas e disse que pretende assegurar a construção de 800 aeroportos regionais

“Com o objetivo de elevar o desenvolvimento, vamos aumentar taxa de investimento, centrando em dois grandes movimentos, o investimento em infraestrutura e na indústria manufatureira”, assegurou.

Transportes

A presidente citou em seu discurso os programas de concessões de transportes e enfatizou os futuros investimentos em ferrovias. “Reduzir gargalos na infraestrutura é nó górdio que o Brasil tem que desatar”, afirmou, acrescentando que tais gargalos foram produzidos por vinte anos de austeridade.

Sobre o setor aeroviário, defendeu os investimentos em pequenos e médios aeroportos. “Em algumas regiões só tem uma forma de chegar, e é por aeroporto. Nós queremos que as cidades com até 100 mil habitantes tenham aeroportos a 50 ou 60 km. Vamos fazer 800 aeroportos regionais”, disse, quando respondia às questões de empresários franceses que participavam do evento.

Mas a construção e melhoria de aeroportos não é o único projeto de Dilma para o setor de transportes. Segundo ela, começa neta quinta-feira (13/12),  a licitação da tecnologia do trem de alta velocidade (TAV), o trem-bala que ligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. “Vamos estimular as ferrovias, o país é continental”, afirmou, dizendo aos empresários que o Brasil deve implantar 15 mil km de linhas férreas nos próximos anos, 5 km previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e mais 10 mil km em concessões. A presidenta disse ainda que o Brasil também tem um olhar atento para os portos. “Temos que ter uma imensa dedicação com nossos portos”, afirmou”.

Custos de produção

Dilma Rousseff  observou que, superadas as questões macroeconômicas,  seu governo tem se preocupado em reduzir o custo de produção, elevar a competitividade e resolver os gargalos de infraestrutura. Segundo ela, o desafio agora é elevar a competitividade do País.

“Temos dívida pública sob controle e austeridade fiscal, o juro caminha para um patamar internacional. O desafio é elevar a competitividade”, avaliou.  Dilma reiterou a queda das taxas de juros no Brasil, que reduz o custo do capital para as empresas e também ajuda o câmbio. “Juro mais baixo e câmbio equilibrado evitam canibalização da indústria”, disse.

As políticas empreendidas até agora, afirmou, devem ajudar o Brasil a reforçar as exportações de produtos manufaturados. “Não queremos ser só exportadores de commodities. Continuaremos a exportá-las, mas queremos ser também potência em manufaturas”, disse. A presidente encerrou seu discurso dizendo que o Brasil é, no presente, o país do futuro. No decorrer de sua fala, ela já tinha citado que o Brasil era o país do futuro “que nunca chegava” e que essa condição tinha mudado.

Com informações das agências de notícias

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