Dilma: “Brasil é uma das mais amplas fronteiras de oportunidades”

Em Davos, presidenta  lembra que o País está menos desigual, e mantém os compromissos macroeconômicos.
 

“O Brasil é hoje uma das mais amplas fronteiras de
oportunidades de negócios. Nosso sucesso nos próximos
anos estará associado à parceria com os investidores
de todo o mundo” (Blog do Planalto)

Uma fronteira de oportunidades de negócios, um polo atrativo de investimentos externos e um País menos desigual, que mantém a solidez dos compromissos macroeconômicos e onde a estabilidade é valor central. Assim a presidenta Dilma Rousseff definiu o Brasil para uma plateia de empresários que participam do Fórum Econômico Mundial, em Davos, nesta sexta-feira (24).

Em trinta e três minutos de seu pronunciamento, ela  fez questão de enfatizar aos empresários que o Brasil tem uma postura intransigente com relação ao controle da inflação, mantém as despesas sob vigilância , tem um dos menores endividamentos públicos do mundo e respeita os contratos, além de apresentar um ambiente estável e atrativo aos investimentos

“O Brasil é hoje uma das mais amplas fronteiras de oportunidades de negócios. Nosso sucesso nos próximos anos estará associado à parceria com os investidores de todo o mundo. O Brasil sempre recebeu bem o investimento externo. Meu governo adotou medidas para facilitar ainda mais essa relação. Aspectos da conjuntura recente não devem obscurecer essa realidade. Como eu disse até aqui o Brasil precisa e quer a parceria com o investimento privado nacional e externo”.

Dilma afirmou que um novo Brasil, menos desigual, está sendo construído mantendo a solidez dos compromissos macroeconômicos, onde a estabilidade é valor central..

Crescimento
A presidenta avaliou que um novo ciclo de crescimento econômico mundial está em fase de gestação e à medida que a crise vai se dissipando, um olhar mais atento sobre os países emergentes ganhará fôlego. Ela avaliou que, com uma estratégia de longo prazo focada na promoção dos investimentos, na educação e no aumento da produtividade, o Brasil sairá ainda melhor desta crise internacional.

Dilma alertou que é apressada a tese segundo a qual, depois da crise, as economias emergentes serão menos dinâmicas. Para Dilma, a saída definitiva dessa crise requer um enfoque que privilegie não apenas o curto prazo. Ela ressaltou ser natural que, em um ambiente de crise e contaminado pelos seus efeitos adversos, muitas avaliações acabem privilegiando só essa dimensão temporal.

“Nessa perspectiva, ainda que as economias desenvolvidas mostrem claros indícios de recuperação, as economias emergentes continuarão a desempenhar um papel estratégico. Estamos falando dos países com as maiores oportunidades de investimento e de ampliação do consumo”

Meta de inflação
Sobre a inflação, que está incomodando os pessimistas de plantão, Dilma garantiu que o  governo brasileiro busca “com determinação” a convergência da inflação para o centro da meta e está consciente do “poder destrutivo” da alta de preços. “A estabilidade da moeda é hoje um valor central do nosso país e da nossa nação”,  garantiu.

E, por mais de uma vez, enfatizou que não abre nem abirá mão de manter as taxas num patamar aceitável: “A inflação, no Brasil, permanece sob controle. Desde 1999, o Brasil segue o regime de metas. Nos últimos anos, perseguimos o centro da meta e trabalhamos para alcançar esses objetivos”, disse.

A presidente reforçou que “o controle da inflação e o equilíbrio das contas públicas são requisitos essenciais para assegurar a estabilidade”.

Para a presidente, a saída definitiva da crise financeira mundial não pode prever apenas as ações a curto prazo. “É imprescindível resgatar o horizonte de médio e longo prazo para dar suporte aos diagnósticos e ações necessários para o crescimento das diferentes economias”, afirmou Dilma. “Como as economias desenvolvidas foram as mais afetadas pela crise, ao dela saírem, criarão um ambiente econômico global mais favorável para todo o mundo”, concluiu.

Manifestações de rua
Dilma também falou sobre as manifestações de junho, que tomaram as ruas do Brasil. Segundo ela, o que os movimentos reivindicavam não eram retrocesso, mas novos avanços. Ela disse que seu governo não reprimiu os protestos, mas ouviu e compreendeu o que os manifestantes desejam: “Democracia gera desejo de mais democracia. Inclusão social provoca a expectativa de mais inclusão social e qualidade de vida desperta o anseio de mais qualidade de vida, por mais e melhores serviços”, elencou.

Para terminar seu discurso, voltou a mencionar que a Copa do Mundo deste ano será “Copa das Copas”. De acordo com a presidente, o Brasil se associa a maior parte dos países do mundo para, com o futebol, “promover a paz e lutar contra os preconceitos”.

Giselle Chassot, com informações do Blog do Planalto e das Agências de Notícias

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