Dilma diz que metas devem ser cumpridas até o fim do ano

Em discurso na cerimônia de transmissão de posse, presidenta lembra que democracia, desenvolvimento econômico e inclusão social sempre vão gerar demandas por novos avanços.

 

Dilma empossou Aloizio Mercadante na Casa Civil,
Arthur Chioro, na Saúde, Henrique Paim na Educação,
e Thomas Traumann na Comunicação (PR)

Muito trabalho, dedicação e compromisso para cumprir, até o dia 31 de dezembro deste ano, as metas estabelecidas pelo Governo e as principais demandas da população. Isso é o que espera a presidenta Dilma Rousseff dos novos ministros empossados na manhã desta segunda-feira (3).

“Os brasileiros esperam de nós trabalho e dedicação e nós, sem dúvida, iremos atender às suas expectativas”, disse a presidenta, na cerimônia de posse dos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Arthur Chioro (Saúde), José Henrique Paim (Educação) e Thomas Traumann (Secretaria de Comunicação da Presidência).

A presidenta deixou claro que os ministros que vão substituir os pré-candidatos às eleições de outubro são técnicos altamente qualificados e preparados para exercerem suas novas funções, até porque tem longa expertise e já estavam, direta ou indiretamente, envolvidos com as ações das Pastas que agora vão ocupar.

Aos ministros que saem porque vão disputar as eleições – caso de Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Saúde), a presidenta desejou sorte nos novos desafios. A Helena Chagas, dedicou palavras de carinho, que provocaram um cochicho emocionado da ex-ministra para o também ex-ministro Alexandre Padilha, sentado a seu lado na cerimônia: “vou chorar”, disse Helena, que deixa o cargo por conta de mudanças na estratégia de comunicação do Governo.Dilma se referiu à ex-ministra da Secom como “querida Helena Chagas, jornalista séria e competente que me acompanhou nos últimos quatro anos”.

Trabalho bem-feito
Também elogiou o trabalho realizado pelos demais ministros e, dirigindo-se a Mercadante, destacou que ele será o responsável pela gestão de diversos programas do Governo – tarefa que, segundo ela, foi desempenhada com brilho pela ministra Gleisi Hoffmann. Citou, por exemplo, o programa de concessões, o projeto de enfrentamento do crack e o acompanhamento sistemático de todos os ministérios.

Sai Gleisi, que volta ao Senado com sua experiência, especialmente em assuntos econômicos, entra Mercadante, que tem proximidade com a presidenta e familiaridade com os programas prioritários do Executivo. Ele prosseguirá a tarefa de coordenar as ações do Governo, priorizando a sintonia fina entre as diversas Pastas.

Ele deixa o Ministério da Educação nas mãos de seu secretário-executivo, José  Henrique Paim, que acumula anos de dedicação a projetos como a alfabetização de adultos, o Ciência sem Fronteiras e o Programa Nacional de Ensino Técnico (Pronatec). Ao novo ministro, a presidenta pediu ainda mais acesso, mais qualidade. “Enfim, mais educação”.

A Arthur Chioro, que, durante a gestão do atual senador Humberto Costa (PT-PE) como ministro da Saúde foi um dos responsáveis pela criação e implantação do Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Dilma pediu empenho na resolução dos “muitos mais” problemas da Saúde: mais médicos, mais equipamentos, mais medicamentos, mais saúde. “São muitos mais, mas temos a dedicação e o empenho para continuar enfrentando todas essas demandas”, disse.

Chioro também recebeu o carinho do antigo “chefe”. Nas redes sociais, Humberto Costa deus os parabéns aos novos ministros e demonstrou sua confiança no novo ministro da Saúde.

A presidenta elogiou o empenho de Alexandre Padilha à frente da Pasta da Saúde. Agradeceu o trânsito do ministro junto ao Congresso – especialmente à bancada petista no Senado, que resultou em novas fontes de financiamento para a Saúde Pública, no reforço de projetos prioritários como o Farmácia Popular e no programa Mais Médicos, que , segundo Dilma enfatizou, reforça a ideia concebida desde a implementação do Sistema Único de Saúde, na Constituição de 1988. “Nossa população quer e merece saúde de qualidade e toda a conquista é só o começo”, disse.

Dilma disse ainda que o povo está cada vez mais exigente com suas cobranças.  Lembrou que democracia, desenvolvimento econômico e inclusão social geram novas demandas por parte da população, que quer sempre mais. “Isso é muito bom, faz parte da democracia, assim como as mudanças são parte da democracia. Em alguns momentos ,elas são inevitáveis”, disse, referindo-se às trocas ministeriais que ocorreram nesta segunda-feira e nas que ainda devem ocorrer, já que titulares de algumas Pastas preparam-se para participar, seja como candidatos, seja como coordenadores de campanha, das eleições deste ano.

“Agora, é momento de arregaçar as mangas e cumprir os desafios que a população nos impõe”, concluiu a presidenta.

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