As moradias fazem parte dos Residenciais Solar da Princesa 3 e 4 e ficam localizadas a cerca de 4km do centro de Feira de Santana. Todas as unidades possuem 47m² e são formadas por dois quartos, sala, cozinha, banheiro, área de circulação, área de serviço e piso cerâmico em todos os ambientes. Cada uma delas está avaliada em R$ 57 mil. Além disso, existem nos empreendimentos 28 unidades adaptadas às pessoas com deficiência física.
Uma delas é a D. Deusonita da Conceição, de 53 anos, que sofre com transtornos mentais desde os 25 anos de idade. Aposentada pelo INSS, por meio do benefício assistencial à pessoa com deficiência (BPC/Loas), ela vive numa casa alugada no bairro da Gabriela em Feira de Santana com a filha Rejane, o genro Ivan e os dois netos. A família vive da renda de um salário mínimo da aposentadoria de D. Deusonita, dos “bicos” que Ivan consegue na construção civil e das faxinas que Rejane faz em casas de família. Eles pagam R$ 300 pelo aluguel da casa em que vivem atualmente.
“A gente está muito feliz, loucos para entrar na nossa casa nova. Nós estamos muito felizes porque tem 15 anos que a gente mora de aluguel. Quando eu entrei lá, eu achei tudo muito bonito, eu toquei nas paredes, nas portas, eu queria tocar em tudo. A casa própria significa para a gente segurança, a certeza que ninguém vai pedir para a gente sair”, afirmou a filha de D. Deusonita, Rejane da Silva, que é a responsável por cuidar da mãe, da casa e dos filhos.
No Solar da Princesa 4, a família de D. Deusonita vai pagar uma prestação de R$ 39,40, valor que representa 5% da renda familiar. A maior parte do valor do imóvel é subsidiado pelo Governo Federal. Segundo Rejane, a família pretende se mudar para a casa nova até o próximo sábado (28). “Eu acreditei e, a partir de hoje, posso dizer que tenho uma casa para morar”, comemora.
Infraestrutura
Os residenciais Solar da Princesa 3 e 4 serão entregues com toda a infraestrutura necessária para atender às necessidades das comunidades que vivem nos empreendimentos, conforme as exigências previstas pelo programa Minha Casa, Minha Vida.
As unidades vão contar com redes de água e esgoto, drenagem, energia elétrica, iluminação e transporte público. As famílias também terão acesso a três escolas, cinco creches, três postos de saúde e um Centro de Referência de Assistência Social (Cras) próximos ao empreendimento. O residencial ainda dispõe de quiosque, praça, parque infantil e campo de futebol.
“Hoje, todos os empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida em Feira de Santana têm pavimentação, infraestrutura urbana, redes de água e esgoto e linhas regulares de transporte público. Existe também uma preocupação com unidades de saúde e escolas para atender essas comunidades. O objetivo é oferecer todas as condições para que essas famílias possam viver com dignidade” afirmou o secretário de Habitação de Feira de Santana, Sandro Ricardo Lima, em entrevista ao Blog do Planalto.
Déficit Habitacional
De acordo com levantamento realizado pela prefeitura de Feira de Santana, o déficit habitacional do município – há alguns anos – era de aproximadamente 35 mil moradias. Hoje, só o programa Minha Casa, Minha Vida do Governo Federal beneficiou quase 11 mil famílias na cidade, 6 mil delas de 2013 para cá.
Para o secretário Sandro Ricardo, a questão do déficit habitacional de Feira de Santana tem sido fortemente enfrentada, por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, o que tem atenuado significativamente a demanda local por habitação.
A previsão é que em Feira – somando as unidades já entregues pelo programa com as que ainda serão finalizadas – o MCMV beneficie mais de 18 mil famílias até março de 2016, o que representa mais de 50% da demanda por moradia do município.
Números
Segundo dados do Ministério da Cidades, o programa Minha Casa Minha Vida contabiliza atualmente mais 3,76 milhões de unidades contratadas em mais de 5,3 mil municípios, índice que representa mais de 95% dos municípios do País. Desde 2009, quando foi criado, o programa entregou 2.025.829 moradias em todo o Brasil. Os investimentos do programa são superiores a R$ 244 bilhões.
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