Defesa do Brasil

Dilma, Haddad e Boulos participam de lançamento de Frente pela Soberania

Oposição a Bolsonaro vai promover, na quarta-feira (4), ato e seminário para lançar frente que será presidida por Zenaide Maia (Pros) e coordenada por Patrus Ananias (PT)
Dilma, Haddad e Boulos participam de lançamento de Frente pela Soberania

Foto: Reprodução e Paulo Pinto

Os partidos de oposição ao governo de extrema direita Jair Bolsonaro vão promover, na quarta-feira (4), na Câmara dos Deputados, um ato e seminário em defesa da Soberania Nacional, do emprego e contra as privatizações em curso. Na ocasião, também será lançada a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, presidida pela senadora Zenaide Maia (PROS/RN) e coordenada pelo deputado e ex-ministro do Desenvolvimento Social do governo Lula, Patrus Ananias (PT-MG). Durante o ato, será lançado um manifesto à nação.

O seminário contará com a presença da ex-presidenta Dilma Rousseff e dos ex-candidatos à presidência da República Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL). Estarão presentes também o ex-chanceler Celso Amorim, o ex-senador Roberto Requião (MDB-PR) e representantes religiosos, como dom Evaristo Pascoal Spengler, bispo da Prelazia do Marajó (PA) e representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e a presbítera Anita Sue Wright, primeira-vice-presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic).

Destruição de direitos
O evento terá ainda a participação de movimentos sociais, entidades, parlamentares de partidos que se opõem às privatizações e às políticas antinacionais e de destruição de direitos patrocinadas pelo atual governo.

Segundo Patrus Ananias, é necessário “mobilizar a sociedade brasileira no debate amplo, democrático e plural sobre o país que nós queremos hoje e para o futuro”. A Frente parlamentar coordenada pelo deputado mineiro conta com o apoio de 258 deputados e senadores. A Frente atuou em 2017, durante o Governo Temer, e agora volta a ser prioridade dos partidos políticos do campo democrático e de movimentos sociais.

Amazônia
A perspectiva é atuar na defesa do patrimônio público e contra as privatizações de estatais; na defesa da produção científica e na luta pelo ensino público, gratuito e de qualidade e ainda na defesa de riquezas naturais, como a Floresta Amazônica e os direitos dos povos tradicionais que vivem nas florestas e as defendem.

Segundo Patrus, a Frente somará esforços com os diversos movimentos e frentes criados em defesa das empresas públicas brasileiras que estão sob ameaça de privatização. “A Petrobras, que é orgulho do povo brasileiro, está sendo entregue exatamente no momento em que estamos nos tornando autossuficientes empetróleo, com o pré-sal, quando poderíamos dar um salto extraordinário, vinculando estes recursos, como estava previsto, para a educação e a saúde”, observou o deputado. Patrus alertou, ainda, que a venda da Eletrobrás, anunciada pelo governo, “aponta na perspectiva de privatização das nossas águas”.

O secretário-geral da Frente destacou que a defesa da Amazônia é um dos grandes desafios da frente em defesa da soberania. O deputado destacou também a defesa dos povos indígenas como uma questão de soberania nacional: “Estou convencido que a soberania nacional passa pela afirmação e pela preservação dos direitos e dacultura dos povos indígenas, que estão presentes na história do Brasil, na nossa formação. Por isso, considero fundamental a preservação dos seus territórios, da sua cultura, da sua identidade e dos seus valores, assim como dos quilombolas e das comunidades tradicionais”.

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