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“Se tem um país que respeita contratos é o Brasil”. A garantia foi dada pela presidenta Dilma Rousseff, nesta quarta-feira (25), durante entrevista a jornalistas brasileiros em Nova York. “E disso nós nos orgulhamos. Eu diria que risco jurídico no Brasil não existe. Nós somos um país que tem tido uma atitude extremamente correta. Está escrito, foi assinado por uma autoridade brasileira? É uma questão de Estado, não de governo”, disse Dilma.
Ela participou do encerramento do seminário “The Brazil infrastructure opportunity” (Oportunidades na infraestrutura brasileira), promovido pelo banco Goldman Sachs, o grupo Bandeirantes e o jornal Metro como o objetivo de divulgar a empresários estrangeiros as oportunidades de investimento no País, em especial nas obras de infraestrutura rodoviária, aeroportuária, ferroviária e energética impulsionadas pelo Governo Federal. Aos empresários, a presidenta disse que o Brasil tem uma “demanda reprimida” e que o desenvolvimento depende de uma “ação combinada do setor privado e do governo”. Ela frisou novamente que no País há “respeito às instituições e aos contratos”. “Isso é uma distinção do Brasil em relação ao resto do mundo. Não tergiversamos sobre contratos”, declarou.
A presidenta disse que o Brasil vive uma forte demanda por serviços de infraestrutura e justamente por isso precisa de maciços investimentos. Segundo ela, o investimento em infraestrutura é nossa grande aposta para o crescimento do país. Ao dizer que os bancos e empresas internacionais “são muito bem-vindos”, a presidenta garantiu também que os investidores terão lucratividade. Para exemplificar, Dilma apresentou números: o movimento dos passageiros nos aeroportos cresceu 180% nos últimos, nas rodovias o aumento foi de 95%, e nos portos, o volume se ampliou em 60%. “O Brasil entra numa nova fase na estratégia de desenvolvimento econômico. Essa nova fase tem um objetivo urgente, que é dar um salto na produtividade e na competitividade da economia brasileira. As concessões vão receber recursos da ordem de R$ 250 bilhões”, disse a presidenta.
Dilma explicou que, para garantir o sucesso dos projetos de infraestrutura, foram desenhados modelos de significativa rentabilidade para o setor privado, incluindo condições vantajosas de financiamento. A modelagem dos projetos consiste em torná-los rentáveis para estimular a concorrência e implantá-los no mais breve tempo com eficácia e solidez. “Tenho a convicção de que o sucesso das concessões trará benefícios para todos: investidores, prestadores de serviços, usuários e a população em geral, que certamente ganhará com serviços mais baratos e de melhor qualidade”, afirmou.
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O Programa de Investimentos em Logística foi lançado pelo Governo Federal para enfrentar os gargalos que surgiram com a falta de investimento de décadas e o forte crescimento da década passada. “O Brasil precisa do investimento e da gestão privadas para fazer face ao desafio de atacar os principais problemas logísticos e de energia. Estamos prevendo concessões de 10.000 km de ferrovias, de 7.500 km de rodovias, de 5 aeroportos internacionais, 33 mil MW de energia, três leilões na área de óleo e gás, dois no modelo de concessões e um no modelo de partilha, e diversos programas de mobilidade urbana, metrôs, monotrilhos, VLTs e BRTs, espalhados pelo país. O programa de concessões já está em ritmo acelerado”, disse.
Demanda reprimida
A presidenta traçou um quadro positivo do cenário econômico e social do País, destacando que, nos últimos 10 anos, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro aumentou 40%, foram criados 20 milhões de empregos, a massa salarial se expandiu em 75% e o investimento cresce a uma taxa média de 6,7% ao ano. O Brasil tem “uma base macroeconômica estável” e consolidou um mercado de classe média de mais de 100 milhões de consumidores, fatores favoráveis, disse ela, ao investimento privado. “Temos a consciência de como é pujante e como essa demanda reprimida no Brasil criou um potencial de consumo imenso. As pessoas percebem que existem melhores condições de vida. Os desejos mudam, as demandas mudam. Sem entender isso, não se entendem as dinâmicas do meu País”, afirmou.
??Depois de passar por este ciclo de aceleração do seu desenvolvimento econômico e social, Dilma enfatizou que agora o desafio é diferente: superar gargalos, como “mudar uma série de rotinas que levam a uma burocracia muito empedernida”, explicou.
Rigor fiscal
A presidenta Dilma também garantiu aos investidores que é seguro aplicar seus recursos no Brasil e destacou o rigor no controle fiscal, o controle da inflação e a boa gestão dos recursos públicos. “As despesas correntes do Brasil, do governo, estão sob estrito controle. Está expresso na diminuição da dívida líquida e no fato de que estão sendo reduzidas despesas que historicamente eram sistematicamente altas”, afirmou acrescentando que “equilíbrio das contas públicas é pré-condição para o crescimento em si”. “Para nós a responsabilidade fiscal é um princípio da nossa visão de desenvolvimento. É condição da estabilidade no caso de um país como o Brasil”, enfatizou
No discurso, a presidenta ainda afirmou que o Governo Federal vem tomando uma série de medidas para enfrentar a crise e melhorar a economia brasileira estruturalmente, contribuindo para torná-la mais competitiva e produtiva. A presidenta disse que na década passada o Brasil ingressou em um ciclo de aceleração do crescimento econômico e social, tornando-se a sétima economia do mundo, fortalecendo a cidadania e consolidando um mercado de classe média de mais de 100 milhões de consumidores.
Conheça o Programa de Logística do Brasil
Com informações do Blog do Planalto e agências onlines