As centrais sindicais, diversos parlamentares e outras personalidades como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta eleita Dilma Rousseff, comemoraram a derrota, nesta terça-feira (20), do relatório favorável à reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS). O resultado ocorreu após intensa pressão da população e das centrais sindicais contra as propostas do golpista e ilegítimo Michel Temer.
Para Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o resultado é “uma demonstração cabal de que a mobilização e a pressão é a arma mais eficaz da classe trabalhadora contra os desmontes sociais, trabalhista e previdenciário que Temer e sua turma querem fazer”.
Freitas afirmou que a mobilização para a greve geral do dia 20 de junho vai continuar. “É importante continuar e reforçar as nossas mobilizações nos Estados e Municípios, principalmente nas bases dos senadores que fazem parte da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde a proposta vai ser votada no próximo dia 28”.
Vagner alerta, ainda, que a rejeição do relatório na CAS representa uma derrota política de Temer, mas a luta segue na CCJ e no plenário da Casa. Isso porque a CAS aprovou o voto em separado do senador Paulo Paim (PT-RS), que apresentou mudanças no texto encaminhado pela Câmara dos Deputados, mas o resultado da votação não interrompe a tramitação da proposta do governo. A decisão final sobre o voto em separado do Paim e a proposta do governo cabe ao plenário do Senado.
A senadora Regina Sousa (PT-PI) afirmou que o resultado de hoje foi uma surpresa até mesmo para os golpistas. “Hoje eles levaram um susto”, disse. Para ela, as ruas devem agora fazer a lição de casa para possibilitar que a reforma não seja aprovada. Segundo a senadora, essa é a principal comissão, pois analisa o mérito da questão. “Foi muito significativo.”
Sousa afirma que a sociedade tem se mostrado contrária às reformas, mas que os parlamentares agem como se houvesse uma encomenda. “Parece que tem uma encomenda e eles tem que entregar uma mercadoria”, diz. “Eles nem falam mais no plenário.”
Já para Adilson Araújo, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a rejeição ao projeto golpista que retira os direitos dos trabalhadores é consequência da luta que vai tomando as ruas de todo o Brasil.
“Aluta em defesa dos direitos sociais e trabalhistas e contra as reformas da Previdência e Trabalhista entra em um fase crucial. A unidade da classe trabalhadora é fundamental para a luta e fazer, mais uma vez, uma grande greve geral. Somente a luta será capaz de sepultar, de uma vez por todas, o ilegítimo governo Temer e barrar a agenda regressiva que ele representa. Vamos à luta!”.
Senadores e deputados do PT, além de outras personalidades, também repercutiram a derrota do governo golpista.