A presidenta Dilma Rousseff afirmou que a reunião de chefes de Estado do Mercosul, dos Estados associados e dos países convidados começou com ênfase na inclusão, a partir da participação, pela primeira vez, da Venezuela na condição de membro, fazendo com que o bloco se estenda, agora, até o Caribe, ganhando importância econômica. “Fico muito feliz em ver que o Mercosul está se consolidando em um ideal de integração cada vez mais sul-americano. Um novo Mercosul está em marcha. (…) Como bloco, somos a quinta economia do mundo. Dispomos de enorme potencial energético e de ampla capacidade de produção de alimentos, além de contar com um parque industrial pujante e diverso. Constituímos também um mercado de grandes dimensões”, afirmou.
Dilma também deu as boas vindas à Bolívia, que teve o protocolo de sua adesão para se tornar membro pleno do bloco assinado pelos presidentes. Evo Morales, mandatário boliviano, afirmou que o país não hesitou em aceitar o convite do Mercosul e colocou a integração como uma fórmula da América do Sul para enfrentar a crise internacional, já que existe um foco comum no combate a pobreza.
“Vemos com muita alegria que esse desejo de voltar a se unir está presente nos povos americanos aqui reunidos. Nos preenche de satisfação, e queremos aproveitar essa oportunidade de participação. (…) A incorporação da Bolívia ao Mercosul e de outros países é a resposta da região para a crise. Para Bolívia representa uma oportunidade de complementação e de crescimento conjunto”, explicou Evo.
Dilma, que transferiu a presidência pro tempore do Mercosul para o presidente uruguaio José Mujica, ainda destacou a necessidade de se aumentar a integração em setores como o comércio e das cadeias produtivas, melhorando a competitividade. Ela ainda anunciou duas iniciativas que serão adotadas: o Sistema Integrado de Mobilidade Acadêmica do Mercosul (SIM Mercosul), para ampliar os programas regionais de bolsa de estudos, e a criação da Rede Mercosul de Pesquisa. “Tudo isso exige também inovação tecnológica, aperfeiçoamento dos processos produtivos, expansão de nossa infraestrutura logística, capacitação massiva em áreas técnicas dos nossos povos e em setores estratégicos. Tudo isso sem renunciar às nossas políticas econômicas e sociais de inclusão e de redução das desigualdades”, completou.
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