Os últimos – e bons – resultados da economia brasileira comprovam que a o Brasil voltou a crescer e essa recuperação deve-se à perseverança do governo. Esse foi o tom do pronunciamento da presidenta Dilma Roussef em evento promovido pela revista “Carta Capital” nessa segunda-feira (01º/10). Ela defendeu categoricamente a indústria nacional, destacando que só deve ser importado o que o País de fato não consegue produzir.
Os indicadores econômicos mostram a recuperação do crescimento do país, disse ontem,
Em matéria publicada nesta terça-feira (02/10), o Valor Econômico faz um relato do evento. Confira a íntegra:
Para Dilma, indicadores mostram recuperação
Segundo a presidente, o governo adotou medidas de estímulo à economia e tem enfrentado os “gargalos que barram crescimento”. Para ela, as intervenções tornam o país menos permeável à crise econômica no exterior. “Sabemos que não somos uma ilha, mas podemos impedir que crise nos atinja de forma mais dura”, disse, ressaltando ações como desoneração de impostos para alguns setores.
Dilma ressaltou ainda que governo tem usado seu poder de compra para fortalecer demanda para a indústria nacional. “Fortalecemos a demanda para indústria nacional, através da sistemática política de conteúdo nacional. O que pode ser produzido no Brasil, deve ser produzido aqui, e complementado por importações”, afirmou.
Dilma defendeu o pacote de energia anunciado pelo governo e ressaltou que há respeito aos contratos assinados. “Meu governo adota de maneira escrupulosa o respeito ao contrato”, disse, lembrando que a medida de renovação dos contratos de concessão no setor elétrico, que vai permitir redução da tarifa de energia, beneficiará a economia. “Foi uma inédita redução da tarifa, que vai assegurar vantagem comparativa para o Brasil”, disse.
A presidente afirmou que os contratos que estão vencendo estão recebendo novo tratamento. “Há respeito a eles. Estamos tomando medidas que se diferenciam da renovação. Essa foi uma decisão de dar um retorno aos consumidores do ganho obtido nesses anos de contrato.”
Dilma disse aos empresários que a defesa do consumidor é “um dos elementos políticos mais importantes” com a ascensão da classe média nos últimos dez anos. “Por isso, é importante que todos tenhamos consciência que serviços entregues, tanto na esfera pública quanto privada, exigirão mais qualidade. “
A presidente afirmou que a nova classe média exigirá das empresas e do serviço público “telefones que funcionem, que a saúde funcione, que as escolas sejam de boa qualidade”. Segundo ela, “não vai dar certo separar as boas práticas para uma parcela da população e as práticas ruins para outra”.