Dilma participa de reunião sobre nível dos reservatórios

A presidenta Dilma Rousseff participa nesta quarta-feira (09/01) de reunião com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão e representantes do setor elétrico destinada a analisar o suprimento de energia no País. 

 

A presidenta Dilma Rousseff acompanha nesta quarta-feira (09/01) da reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico – que avalia o suprimento de energia no País -, pois o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas tem preocupado o governo. A reunião está marcada para as 14h30. A expectativa é que sejam discutidas as questões de expansão das obras em curso e de segurança.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que os reservatórios do Nordeste operam com 31,61% da capacidade, e os do Norte, com 41,24%. Para suprir a demanda de consumo, todas as termelétricas estão em funcionamento.

A previsão é que participem da reunião hoje o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, integrantes do ONS, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Agência Nacional do Petróleo (ANP), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da Câmara de Compensação de Energia Elétrica (CCEE), da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel). Também foram convidados dirigentes da Eletrobrás e das associações do setor elétrico.

Pelos dados da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste estão no mais baixo nível para o mês de janeiro desde 2001, ano do último racionamento de energia elétrica no País. A capacidade armazenada atual nos lagos das usinas é 28,9%.

Na terça-feira (08/01),  Dilma se reuniu com o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, para atualizar os dados sobre a situação do sistema elétrico brasileiro. Após a conversa, Zimmermann afastou a ameaça de racionamento como ocorreu em 2001, porque naquela ocasião pouco se investia em novas usinas. Ele disse que o sistema opera de acordo com o equilíbrio estrutural para o qual foi planejado.

As usinas hidrelétricas gastaram R$ 2,2 bilhões no ano passado com arrecadações de royalties e de compensação financeira pela utilização de recursos hídricos (Cfurh) para geração de energia elétrica a municípios, estados e à União, segundo a Aneel.

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse que o Brasil  tem condições estruturais que dão segurança e tranquilidade ao setor elétrico e permitem descartar a possibilidade de um racionamento de energia. Segundo ele, a situação atual é diferente da que ocorreu em 2001 no País, quando houve blecaute pela total falta de planejamento que existia naquela ocasião.

Tolmasquim acrescentou que em 2001 não havia uma quantidade de usinas térmicas de reserva suficiente para funcionar como uma espécie de seguro ou “colchão” do sistema elétrico. Além de racionamento, o País conviveu com frequentes blecautes por causa do baixo investimento e pelo processo de privatização que estava em curso.  Em relação às tarifas de energia, observou que a queda de 20%, que entrará em vigor em fevereiro, poderá ser afetada por fatores conjunturais, levando a redução a ser maior ou menor. Para ele, as avaliações feitas pelo governo sobre o cenário atual e as séries históricas dão tranquilidade ao setor. E é exatamente isso que a presidenta Dilma tem repetido nos últimos meses, exatamente a partir do momento que tomou a decisão de retirar encargos setoriais para baratear a conta de luz e propiciar a renovação das concessões do setor elétrico.

Com informações da Agência Brasil

 

 

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