A presidenta Dilma Rousseff será uma das protagonistas da 3ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo América do Sul–Países Árabes (Aspa), em Lima, no Peru, no dia
Iniciativa brasileira, a ASPA constitui mecanismo pioneiro e inovador de negociações e de cooperação Sul-Sul entre duas zonas não contíguas. Representa, também, importante foro de coordenação da contribuição das duas regiões em prol do fortalecimento do multilateralismo. Desde 2005, amplo acervo de cooperação foi desenvolvido nas áreas cultural, educacional, ambiental, social, científico-tecnológica e econômico-financeira, com base em percepções comuns a respeito da busca da paz e do desenvolvimento econômico com inclusão social.
O Brasil é destaque na Aspa não só por ter sido o idealizador do grupo, em 2003, mas por servir de exemplo a países árabes e sul-americanos com os esforços para o combate à pobreza e ações de inclusão social, por meio dos programas de transferência de renda e das ações de preservação e garantias das minorias, inclusive em favor da igualdade de gênero.
No total, a união entre os países sul-americanos e árabes representa um Produto Interno Bruto (PIB) agregado de aproximadamente US$ 5,4 trilhões e envolve uma população estimada em 750 milhões de habitantes. De
Documento final
Nos dias que antecedem a cúpula, negociadores dos 34 países articulam uma série de textos relativos às parcerias econômicas e financeiras, de desenvolvimento sustentável, envolvendo medidas relativas à desertificação e mudanças climáticas, além de acordos culturais e de ciência, tecnologia e inovação.
Ao fim da cúpula, no dia 2, será divulgada uma declaração conjunta, na qual os 32 representantes do grupo – dois estão suspensos: Paraguai e Síria – se manifestam sobre os principais temas em discussão no momento.
No documento final deverá constar a reação coletiva à onda de violência na Síria que ultrapassou 18 meses, matando mais de 25 mil pessoas. Além disso, devem ser incluídas as manifestações contra os ataques a representações diplomáticas norte-americanas e de aliados em vários países de maioria muçulmana como reação a um filme anti-Islã, produzido nos Estados Unidos, e a defesa ao direito dos palestinos de terem um Estado autônomo e independente.
Na declaração conjunta devem ser destacados ainda os avanços políticos obtidos no Egito com as eleições presidenciais livres, depois de mais de 30 anos do governo do ex-presidente Hosni Mubarak, e as parlamentares ocorridas na Líbia, após o fim da gestão do ex-líder Muammar Khadafi.
Com informações do MRE e Agência Brasil