Dilma Rousseff inaugura exposição “Caravaggio”

Presidenta abre nesta sexta-feira (05/10), às 11 horas, no Salão Leste do Palácio do Planalto.

 

 

 

 

 

 

Dilma Rousseff inaugura exposição “Caravaggio”

A presidenta Dilma Rousseff abre, nesta sexta-feira (05/10), às 11 horas, no Salão Leste do Palácio do Planalto, uma das exposições mais visitadas dos últimos tempos no Brasil. A mostra “Caravaggio”, que já teve público recorde Belo Horizonte e em São Paulo fica em Brasília até o dia 14, encerrando a programação do Momento Itália-Brasil 2011-2012, promovido entre os dois países para celebrar laços de amizade.

A exposição reúne o maior número de obras de Caravaggio já realizada na América do Sul. Considerado um dos maiores artistas italianos e precursor do barroco europeu, Michelangelo Merisi da Caravaggio (1571–1610) revolucionou a arte de seu tempo com telas feitas em técnica “claro-escuro”, produzindo luzes e sombras que impressionavam pela dramaticidade às cenas retratadas.

O Palácio do Planalto receberá “os grandes Caravaggios”, como San Girolamo che scrive, San Francesco in meditazione e Ritratto di Cardinale. Também serão apresentadas as duas novas descobertas, resultado de pesquisas que duraram anos e foram concluídas recentemente. Tais obras – expostas pela primeira vez como legítimos Caravaggios – são Medusa Murtola e San Giovanni Batista Che nutre I`Agnello.

São descobertas possíveis apenas agora, quando o desenvolvimento tecnológico passou a permitir análises mais aprofundadas e quando se tem maior conhecimento acerca da técnica e do processo criativo de Caravaggio. Por fim, está a San Gennaro decollato o Sant’Agapito, obra que ainda é objeto de estudo.

Medusa Murtola, cujo nome remonta a um poeta italiano, ilustra bem as características responsáveis por tornar Caravaggio conhecido. Segundo os resultados das pesquisas, quando se analisa a obra com radiografias e técnicas de investigações históricas, como o infravermelho, pode-se identificar todos os rascunhos do artista. Há, por exemplo, olhos e boca que mudaram de lugar no quadro final; traços perdidos, escondidos por camadas de tinta e que, pouco a pouco, foram descobertos e analisados pelos pesquisadores. São indícios que enriqueceram o estudo especializado e mostraram que a Medusa Murtola é uma autêntica obra de Caravaggio.

Assim como Medusa Murtola e San Giovanni Battista che nutre I’Agnello , é a primeira vez que Ritratto di Cardinale sai da Itália. O quadro foi realizado em significativo momento da trajetória do artista, quando o jovem Caravaggio chega a Roma com dificuldades financeiras e pede emprego em um dos ateliês (bottega, em italiano) da cidade. À época, o artista produzia muito para sobreviver, a ponto de fazer dois ou três retratos por dia. Acredita-se, pois, que Ritratto di Cardinale, que já ilustra o grande domínio da técnica pictórica pelo artista, seja desse período.

 Com informações da assessoria de imprensa da Casa Fiat de Cultura

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