Dilma: salário mínimo deve ficar entre R$ 722 e R$ 724 em 2014

Novo valor representa um aumento de 6,5% ou 6,78%, respectivamente, em relação aos atuais R$ 678. O impacto na economia é considerado positivo

Dilma: salário mínimo deve ficar entre R$ 722 e R$ 724 em 2014

 

“Se tivermos perto de R$ 724
arredondamos para cima,
damos uma força”, disse
Dilma” (PR)

A partir de 1º de janeiro de 2014, o salário mínimo deve ficar entre R$ 722 e R$ 724, coforme anuncio feito pela presidenta Dilma Rousseff nessa quarta-feira (18). A informação foi dada durante entrevista da presidenta para rádios de Pernambuco.

“A regra da correção do salário mínimo depende do fechamento do PIB [Produto Interno Bruto] e da inflação, mas dá para sabermos que ficará entre R$ 722 e R$ 724. Se tivermos perto de R$ 724 arredondamos para cima, damos uma força”, disse Dilma.

O novo valor representa um aumento de 6,5% ou 6,78%, respectivamente, em relação aos atuais R$ 678. O impacto na economia é considerado positivo, principalmente por causa da injeção de R$ 46 bilhões. Utilizado como referência nos pisos salariais de muitas categorias, o mínimo tem repercussão financeira maior nos cofres da Previdência Social. Este ano, o reajuste dos benefícios de até um salário mínimo atingiu 20 milhões de segurados.

O reajuste do mínimo é feito com base na regra que leva em conta a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores mais a inflação do ano anterior, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O valor final é definido por decreto da Presidência da República.

Orçamento 2014
Na madrugada de terça-feira (17), o Congresso Nacional anunciou a aprovação do Orçamento do governo para o ano que vem. O texto atualizou o valor do salário mínimo em relação à proposta original do governo, de R$ 722,90 para R$ 724. O cálculo gera um custo extra de R$ 250 milhões para a União. O salário mínimo, no entanto, é definido por decreto presidencial e até o momento Dilma ainda não havia se manifestado sobre o tema.

Situação econômica

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Novo valor representa aumento de 6,5% ou 6,78%

Durante o bate-papo com as rádios locais, Dilma também comentou a situação econômica do Brasil. Ela lembrou que a dívida líquida do País sobre o Produto Interno Bruto (PIB) é de 35% e que a inflação vai terminar pelo 11º ano seguido dentro da meta.

“O Brasil nunca esteve tão preparado. Espirrou nos Estados Unidos, era uma pneumonia no Brasil, o pessoal dizia. Não estamos mais assim. Queremos que a tormenta seja rápida e não tenha efeitos graves sobre nós. Vamos tranquilamente – falo com aquela determinação que a tranquilidade dá – enfrentar esse momento de dificuldade. Não há nada hoje que o Brasil não possa segurar”, destacou Dilma.

A presidente ainda lembrou que o Brasil recebe um grande volume de investimentos diretos estrangeiros, estando entre os quatro principais países do mundo nesse quesito. A presidenta destacou o fato de o País contar com reservas de capital e desemprego baixo, fatores que, segundo ela, trazem tranquilidade ao enfrentar turbulências.

A fala da presidenta foi comprovada, mais uma vez, nesta quinta-feira (19), com a divulgação do índice de desemprego. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego passou de 5,2% em outubro para 4,6% em novembro. É a menor taxa de desemprego desde o início da série histórica, em março de 2002.

Com agências de notícias

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