Dilma: “superação da pobreza é apenas o fim do começo”

Em Durban, presidenta destaca que países do Brics superaram dificuldades econômicas com comércio e investimentos.

“A superação da miséria é apenas o fim do
começo”, destacou a presidenta na
abertura da cúpula

A presidenta Dilma Rousseff enfatizou, nesta quarta-feira (27), a importância de garantir que a superação da pobreza seja apenas uma primeira etapa no desafio de garantir o desenvolvimento dos países que integram o Brics  (bloco formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul). A presidenta está em Durban, na África do Sul, onde participa da 5ª Cúpula do Brics que a meta de todos é a superação da pobreza. Ela ressaltou que o Brasil conquistou avanços, mas que o empenho é mantido pelo governo.

“A superação da miséria é apenas o fim do começo”, destacou a presidenta na abertura da cúpula. Ela reiterou que em decorrência dos modelos de desenvolvimento econômico e social adotados no Brasil, o país conseguiu atingir a meta do milênio, fixada pelas Nações Unidas, de superar a renda mínima de US$ 1,25 por pessoa.

Segundo avaliou, os bons resultados econômicos obtidos pelos países do bloco no enfrentamento da crise econômica mundial são consequência da concentração do foco no comércio e em investimentos. “Nossos países, eles têm contrabalançado os efeitos da continuada crise econômica financeira internacional tanto pela via do comércio quanto dos investimentos”.

A presidenta disse ainda que as políticas públicas executadas no Brasil visam a transformar cidadãos em consumidores, ampliando o mercado interno e as oportunidades. Dilma lembrou que os países do Brics podem ter “histórias diferentes”, mas têm metas semlhantes. “É a responsabilidade com o mundo que está surgindo”, acrescentou.

Em 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) combinado dos países do bloco atingiu US$ 15 trilhões. Pelos dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brics respondeu por 21% do PIB mundial em valores nominais e por 27% do PIB global, se comparada a paridade de poder de compra.

Dilma reiterou que cada vez mais os países do Brics conquistam espaço no cenário internacional. “Estamos amparados em uma visão de futuro de que nossos países vão ocupar cada vez mais um papel relevante”, disse, destacando que o ano de 2014 “será um ano especial no Brasil, não só pela Copa do Mundo, mas também por sermos a próxima sede da cúpula dos Brics e muito me alegra a perspectiva de recebê-los em meu país”, destacou.

Banco do Brics
Durante a reunião, a presidenta disse que a criação do banco do Brics vai colaborar para o desenvolvimento da região e dos países emergentes. “É um banco talhado para as nossas necessidades. Temos de estreitar laços e criar mecanismos de apoio mútuos”, destacou a presidenta. “É um mecanismo de estabilidade que pode criar linhas recíprocas de crédito, fortalecendo a solidez do mercado internacional.”

A instituição bancária terá os mesmos moldes do Banco Mundial (Bird). Cada país que integra o Brics deverá destinar US$ 10 bilhões para formar o capital inicial do banco, que deverá chegar a US$ 50 bilhões. O banco centrará as ações no financiamento de infraestrutura e atuará em concorrência direta com o Bird.

A ideia é que a nova instituição bancária seja uma espécie de alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Dilma destacou também a importância de manter uma posição de otimismo, mesmo diante das dificuldades causadas pela crise econômica internacional, que atinge principalmente os 17 países da zona do euro.

“Devemos ter o otimismo e o dinamismo, reiterar a confiança e manter uma atitude contra o pessimismo e a inércia que atingem outras regiões. Vamos responder a essa crise com vigor”, disse a presidenta que também elogiou a criação de um fundo para ajudar os países emergentes.

A proposta é criar um fundo, estimado em US$ 100 bilhões, para ajudar países emergentes com problemas financeiros.

Com informações das agências online

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