A 22ª Cúpula Ibero-Americana dos Chefes de Estado e de Governo, em Cádiz, na Espanha, a partir do dia 16 de novembro, marcará a estreia de cinco líderes políticos, entre eles a presidente Dilma Rousseff. Também será a primeira vez do anfitrião da cúpula, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, além dos presidentes de Honduras, Porfirio Pepe Lobo, e República Dominicana, Danilo Medina.
Após o encontro em Cádiz, Dilma vai para Madri, onde deve permanecer até o dia 19 para uma série de reuniões políticas sobre medidas para conter os efeitos da crise econômica internacional e acordos de cooperação nas áreas de educação, ciência, tecnologia e inovação.
Espanha
Nas conversas com as autoridades espanholas, a presidenta deve tratar principalmente sobre a cooperação relacionada ao Programa Ciência sem Fronteiras. Atualmente, há parcerias nas áreas de tecnologia da informação, nanotecnologia e nanomedicina, engenharia biomédica, biotecnologia, energias renováveis e biocombustíveis, agricultura e pecuária, hidrogeologia, atividades aeroespaciais, tecnologias em matéria de saúde e cooperação entre museus e centros de ciências.
A ideia é também ampliar o mercado exportador para os espanhóis. O intercâmbio comercial entre o Brasil e a Espanha chegou a US$ 8 bilhões em 2011, registrando crescimento de mais de 20% em relação ao ano anterior. O país é o segundo maior investidor externo no Brasil, com estoque acumulado de US$ 85,3 bilhões, e o décimo maior comprador das exportações nacionais, com volume superior a US$ 4 bilhões (2011), à frente de países como a França, a Rússia e a Índia.
Cúpula
A cúpula é formada por 22 países. Os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, de Cuba, Raúl Castro, da Venezuela, Hugo Chávez, e do Paraguai, Federico Franco, informaram que não participarão das reuniões.
O Paraguai está suspenso do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) há cinco meses e Franco disse aos organizadores que quer evitar constrangimentos. A previsão é que o fim da suspensão ocorra em abril de 2013, quando haverá eleições presidenciais no Paraguai. A suspensão foi definida porque os líderes regionais consideraram que houve rompimento da ordem democrática em decorrência da forma como foi conduzido o processo de impeachment do então presidente Fernando Lugo em junho deste ano.
Com agências onlines