Dilma vai ajudar São Paulo a enfrentar falta de água

Governo paulista solicitou R$ 3,5 bilhões ao Governo Federal para obras de infraestrutura hídricaLogo que as urnas confirmaram a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, ela falou à nação que o momento era de diálogo com todas as forças políticas existentes no Brasil, em especial com o partido que ficou em segundo lugar. Dilma desceu do palanque e, num ato republicano, recebeu na segunda-feira (10), no Palácio do Planalto, ninguém menos do que o governador reeleito por São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin. Pois bem, Alckmin solicitou ao Governo Federal apoio de R$ 3,5 bilhões para obras de infraestrutura hídrica para resolver a falta de água que atinge a região metropolitana da capital paulista e várias do interior, Itu, por exemplo.

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, participou do encontro e lembrou que “desde fevereiro, quando o problema foi identificado, o governo esteve disposto a contribuir e agora tem todo o interesse em ajudar”, afirmou. Ao todo, de acordo com o Blog do Planalto, seriam oito obras solicitadas para o estado. Como de praxe, a presidenta Dilma pediu maior detalhamento do papel que cada uma exercerá, ou seja, como o investimento será transformado em ações que beneficiem o bem-estar social da população, incluindo, por exemplo, o volume de águas que chegará até o estado e número de beneficiários.

A partir dessa tratativa, o estado de São Paulo e a União criaram um grupo de trabalho para debater detalhadamente a situação de cada projeto e a primeira reunião acontecerá já na próxima segunda-feira (17).

A ministra Miriam Belchior disse em entrevista para o Blog do Planalto, com exclusividade, que considera os investimentos para sanar a crise de falta de água em São Paulo fundamentais. “O Governo Federal vai analisar os projetos trazidos pelo governo de São Paulo. Na próxima segunda-feira nós teremos então uma reunião longa de trabalho onde o estado deve apresentar um maior detalhamento de cada uma dessas propostas para que a presidenta possa decidir qual será o apoio”, explicou.

Geraldo Alckmin, que já desceu do palanque, destacou que a parceria entre o governo paulista e o Governo Federal é relevante. “É nosso dever trabalharmos juntos baseados no interesse público. A população de São Paulo exige soluções para a questão do abastecimento e soluções concretas para seus problemas. Os recursos devem ir para onde houver necessidade”, disse ele.

Entre os projetos que serão detalhados estão previstas a interligação dos reservatórios Atibainha e Jaguari; a construção de dois reservatórios de águas em Campinas; estações de produção de água de reuso no sul do estado e em Barueri; poços artesianos no aquífero Guarani e interligação do Rio Grande com o Guarani. As obras – algumas devem ser concluídas no ano que vem e, outras, num prazo de 14 a 18 meses.

Na manhã desta terça-feira (11), na Comissão de Meio Ambiente, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que parece não ter descido do palanque, disse que o governo Dilma não promoveu a desoneração de PIS/Cofins dos investimentos em saneamento que teria sido prometida durante a campanha de 2010. Isso mesmo, 2010. O mesmo senador, ontem, fez críticas severas à presidenta, mas suas palavras foram rechaçadas pela senadora Gleisi Hoffmann, que mostrou que faltou, sim, planejamento do governo tucano paulista no gerenciamento da água, o que foi omitido durante toda a campanha tucana, seja na disputa pelo governo do estado, seja na disputa majoritária.

Com informações do Blog do Planalto

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